Representação Impossível
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Como representar o um cheiro? O mais óbvio é fazer como Brueghel e outros, pintar uma personagem levando algo ao nariz. Mas em bom rigor trata-se aí de transmitir uma imagem do sentido do olfato, não de um cheiro específico. Mais aceitável nesta linha, porque menos circunscrita, é o aqui reproduzido «Cheiro», de uma tapeçaria do Séc. XV, da série da «Dama e o Unicórnio». Porém, estando atento, uma bandeira francesa também serviria perfeitamente, pois um inquérito revelado hoje pelo «Correio da Manhã» dá-nos conta de que 2,5 milhões de franceses nunca tomou banho, 9 em 10 o não faz diariamente e de que a generalidade da população passa um tempo inimaginável nos lavabos, a perfumar-se. Para o bem e para o mal...
Como representar o um cheiro? O mais óbvio é fazer como Brueghel e outros, pintar uma personagem levando algo ao nariz. Mas em bom rigor trata-se aí de transmitir uma imagem do sentido do olfato, não de um cheiro específico. Mais aceitável nesta linha, porque menos circunscrita, é o aqui reproduzido «Cheiro», de uma tapeçaria do Séc. XV, da série da «Dama e o Unicórnio». Porém, estando atento, uma bandeira francesa também serviria perfeitamente, pois um inquérito revelado hoje pelo «Correio da Manhã» dá-nos conta de que 2,5 milhões de franceses nunca tomou banho, 9 em 10 o não faz diariamente e de que a generalidade da população passa um tempo inimaginável nos lavabos, a perfumar-se. Para o bem e para o mal...
2 Comments:
At 3:50 PM, JMTeles da Silva said…
Pois não surgiu o perfume da necessidade de ocultar o cheiro do corpo imundo?
Quantos nobres franceses não arriavem o calhau nos nobres salões e assoavam as nobres nalgas aos reposteiros? Abraço.
At 6:18 PM, Paulo Cunha Porto said…
É bem verdade, Caríssimo Vizinho, as gentes que se pretendiam as mais refinadas da Europa a fazerem exactamente o mesmo que o Sancho Pança. E ao menos esse ainda foi no campo!
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