Razões das Quedas
Meio mundo a interrogar-se quanto às motivações
profundas de um governo ultra-maioritário, recentemente
eleito, ter visto o partido que o apoia levar uma tosa
eleitoral, escassos meses depois do seu início de funções.
Outro tanto aconteceu com o Dr. Santana, sem votação
nacional, mas este teve, desde o início, a imprensa a fazer~lhe
a cama, contestando a sua legitimidade de suceder, no governo,
ao europeizando futuro ex-Durão. O Eng.º Sócrates entrou com
capital de esperança sem igual, porque quando Cavaco chegou à
chefia da governação ninguém esperava dele o politicão que se
veio a revelar. Santana caiu porque as pessoas estavam fartas
de politiquices e embaraços de bastidores, as escolhas
governamentais a conta-gotas mandadas para as primeiras páginas,
os choques e zangas de ministros, as caretas de surpresa do Dr.
Portas nas posses, o Dr. Sampaio transfigurado em Espada de
Dâmocles. Ao Eng.º Sócrates nada desses problemas atormenta,
as reacções são unicamente determinadas ou por incapacidade
pura, como nos fogos, fata de jeito - as férias por interromper,
no Quénia e a demissão do Prof. Cunha -, ou por as pessoas sentirem
a política entrar-lhes no bolso e nos planos, como são o aumento
de impostos, as mudanças de regime das carreiras e de idade da
reforma.
E as autárquicas demonstraram que o que conta para muito eleitor
é, exclusivalente, quem lhes dá esta ou aquela satisfação material.
A rectidão dos políticos é vista como devaneio de sonhadores. Significa
isto que o Primeiro-Ministro está condenado? Nem por isso. Se abrir
as torneiras no fim do mandato, safa-se. E, em princípio, terá quatro
anos para o fazer. Aqueles que Santana Lopes não teve.
Em ultima análise, tudo depende de a imprensa se deixar seduzir
mais por ele, ou pelo seu adversário. O Dr. Marques Mendes, sem
certeza de ser ele o rival, não tem feito grandes esforços de cortejar os
jornalistas. Mas a Comunicação Social é como muita Mulher: ama
mais aqueles que a desdenham.
profundas de um governo ultra-maioritário, recentemente
eleito, ter visto o partido que o apoia levar uma tosa
eleitoral, escassos meses depois do seu início de funções.
Outro tanto aconteceu com o Dr. Santana, sem votação
nacional, mas este teve, desde o início, a imprensa a fazer~lhe
a cama, contestando a sua legitimidade de suceder, no governo,
ao europeizando futuro ex-Durão. O Eng.º Sócrates entrou com
capital de esperança sem igual, porque quando Cavaco chegou à
chefia da governação ninguém esperava dele o politicão que se
veio a revelar. Santana caiu porque as pessoas estavam fartas
de politiquices e embaraços de bastidores, as escolhas
governamentais a conta-gotas mandadas para as primeiras páginas,
os choques e zangas de ministros, as caretas de surpresa do Dr.
Portas nas posses, o Dr. Sampaio transfigurado em Espada de
Dâmocles. Ao Eng.º Sócrates nada desses problemas atormenta,
as reacções são unicamente determinadas ou por incapacidade
pura, como nos fogos, fata de jeito - as férias por interromper,
no Quénia e a demissão do Prof. Cunha -, ou por as pessoas sentirem
a política entrar-lhes no bolso e nos planos, como são o aumento
de impostos, as mudanças de regime das carreiras e de idade da
reforma.
E as autárquicas demonstraram que o que conta para muito eleitor
é, exclusivalente, quem lhes dá esta ou aquela satisfação material.
A rectidão dos políticos é vista como devaneio de sonhadores. Significa
isto que o Primeiro-Ministro está condenado? Nem por isso. Se abrir
as torneiras no fim do mandato, safa-se. E, em princípio, terá quatro
anos para o fazer. Aqueles que Santana Lopes não teve.
Em ultima análise, tudo depende de a imprensa se deixar seduzir
mais por ele, ou pelo seu adversário. O Dr. Marques Mendes, sem
certeza de ser ele o rival, não tem feito grandes esforços de cortejar os
jornalistas. Mas a Comunicação Social é como muita Mulher: ama
mais aqueles que a desdenham.
4 Comments:
At 4:37 PM, Crepúsculo Maria da Graça Oliveira Gomes said…
Adorei o teu post concordo com ele na integra, mas achei piada ao último paragrafo ;).
Bjs
At 6:15 PM, Paulo Cunha Porto said…
Não é uma regra universal, mas é dado como um traço que abunda no "Belo Sexo"...
At 11:03 PM, vs said…
" E, em princípio, terá quatro
anos para o fazer."
Em princípio, disse bem.
Eu, continuo na minha: caso o Cavaco ganhe o Sócrates pode vira a ter o mandato...digamos...'encurtado'.
At 10:01 AM, Paulo Cunha Porto said…
Não conte muito com isso, Caro Nelson. Por causa da reeleição, qualquer presidente se porta como um cordeirinho, durante o primeiro mandato.
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