Como Compensa o Crime

Corre por tudo o que é página de jornal, on line, off line
e, provavelmente, in the middle, que a Senhora Merkel, a
mais votada nas já longínquas eleições germânicas, embora
por pouco, embandeirou em arco com o facto de os seus
futuros parceiros do SPD a deixarem ser a primeira Mulher
na chancelaria Federal. De tal maneira que parece ter
concordado com a solução de o partido que ficou com o segundo
lugar vir a ter a maioria dos ministérios, Finanças e Negócios
Estrangeiros na ementa incluídos. Claro que numa negociação se
tem de dar algo para receber qualquer coisa. Mas seria bom que a
cedência fosse de algo que se tivesse. O lado da
social-democracia detinha algum direito a designar o chefe de
governo, tendo ficado em segundo? E à maioria dos ministros? Não
foi a troca de uma coisa de que aos camaradas do Sr. Schroeder
pertencesse por outra, do património da CDU/CSU. Esta tinha duas
e abriu mão de uma, sem resistência de maior, dizendo que os
futuros parceiros transigiram ao aceitar o nome de Merkel, apenas
para salvar a face. Ela estava tão, tão deserta por ser kanzlerin,
que faria qualquer coisa (pública, entenda-se) para o conseguir!