O Carrasco em Acção
Rolou uma cabeça, mas não a cabeça, no caso que domina
os mundos político e jurídico dos EUA, que, não obstante
as tentativas de mentalização em contrário, são um só. O
Chief of Staff do Vice- Presidente Cheney, Lewis "Scooter"
Libby, foi formalmente acusado por um grand jury dos
crimes de perjúrio, obstrução à justiça e prestação de
falsos testemunhos, no estranho pântano que constitui a
revelação do nome de uma agente da CIA, casada com
um ex-embaixador, crítico da política da Administração Bush
para o Iraque. Não caiu, contudo, aquele que os inimigos do
Presidente mais esperavam, o seu conselheiro predilecto,
Karl Rove, o Arquitecto, que diga-se , não é o Chefe de
Gabinete, ao contrário do que o «Público» de ontem noticiava.
Essa função é desempenhada pelo Sr. Andrew Card e tem, na
pátria do Tio Sam, contornos diferentes dos da nossa capelinha,
pois corresponde a uma verdadeira pasta ministerial, próxima
do que é o nosso Ministro da Presidência.
Embora, curiosamente, o agora demitido não tenha sido acusado
formalmente de ter dado a identidade, os crimes por que está
indiciado, muito semelhantes aos que, noutro campo, ameaçaram
de condenação Clinton, se provados em todas as alegadas infracções,
poderiam trazer-lhe qualquer coisa como 30 anos de prisão. Nada,
evidentemente, que um perdão presidencial não resolva. O que
ninguém diz - e a mim me intriga - é por que razão, tendo o acusador
atribuído ao Sr. Libby a autoria da fuga, ele não foi acusado,
especificamente, dessa falta. É Possível que seja uma porta
entreaberta para acusar Rove, de co-autoria, ou, talvez, de
cumplicidade, dado que o Procurador Especial que tem dirigido o
processo deixou escancarada a janela para posteriores
desenvolvimentos, ao declarar que a investigação está longe de ter
terminado.
E quem é este senhor? Patrick Fitzgerald tem um nome feito no
Illinois, onde pôs a contas com a justiça vários dos políticos mais
importantes, Republicanos e Democratas, indiferentemente, fazendo
aquele Grande Estado, com uma classe política responsável por um
conjunto de ilegalidades reveladas acima da média, rimar com a fama
histórica do seu principal centro urbano: Chicago, a cidade dos
gangsters.
Há quem lhe augure um grande futuro político. Como disse, há pouco,
por aquelas bandas, política e justiça não são coisa diferente.
os mundos político e jurídico dos EUA, que, não obstante
as tentativas de mentalização em contrário, são um só. O
Chief of Staff do Vice- Presidente Cheney, Lewis "Scooter"
Libby, foi formalmente acusado por um grand jury dos
crimes de perjúrio, obstrução à justiça e prestação de
falsos testemunhos, no estranho pântano que constitui a
revelação do nome de uma agente da CIA, casada com
um ex-embaixador, crítico da política da Administração Bush
para o Iraque. Não caiu, contudo, aquele que os inimigos do
Presidente mais esperavam, o seu conselheiro predilecto,
Karl Rove, o Arquitecto, que diga-se , não é o Chefe de
Gabinete, ao contrário do que o «Público» de ontem noticiava.
Essa função é desempenhada pelo Sr. Andrew Card e tem, na
pátria do Tio Sam, contornos diferentes dos da nossa capelinha,
pois corresponde a uma verdadeira pasta ministerial, próxima
do que é o nosso Ministro da Presidência.
Embora, curiosamente, o agora demitido não tenha sido acusado
formalmente de ter dado a identidade, os crimes por que está
indiciado, muito semelhantes aos que, noutro campo, ameaçaram
de condenação Clinton, se provados em todas as alegadas infracções,
poderiam trazer-lhe qualquer coisa como 30 anos de prisão. Nada,
evidentemente, que um perdão presidencial não resolva. O que
ninguém diz - e a mim me intriga - é por que razão, tendo o acusador
atribuído ao Sr. Libby a autoria da fuga, ele não foi acusado,
especificamente, dessa falta. É Possível que seja uma porta
entreaberta para acusar Rove, de co-autoria, ou, talvez, de
cumplicidade, dado que o Procurador Especial que tem dirigido o
processo deixou escancarada a janela para posteriores
desenvolvimentos, ao declarar que a investigação está longe de ter
terminado.
E quem é este senhor? Patrick Fitzgerald tem um nome feito no
Illinois, onde pôs a contas com a justiça vários dos políticos mais
importantes, Republicanos e Democratas, indiferentemente, fazendo
aquele Grande Estado, com uma classe política responsável por um
conjunto de ilegalidades reveladas acima da média, rimar com a fama
histórica do seu principal centro urbano: Chicago, a cidade dos
gangsters.
Há quem lhe augure um grande futuro político. Como disse, há pouco,
por aquelas bandas, política e justiça não são coisa diferente.
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