O Lugar da Redenção
Um juiz de Los Angeles assinou a sentença de morte de
um chefe de gang, dado pelo tribunal como culpado de
crimes violentíssimos com ela puníveis. O Sr. Stanley
"Tookie" Wiliams queixa-se de ter sido vítima de «uma
justiça racista» e alega ter, na cadeia, mudado a sua
personalidade, havendo virado um apóstolo da não-violência,
que advogou em livros educativos, o que lhe valeu várias
proposituras para o Prémio Nobel da Paz. Não é para aqui
chamada a concordância ou não com a pena de morte, que é
a aplicável ao caso. O que interessa saber é se a sua
acção posterior é ou não redentora. Para um cristão decerto
que o será, se resultante de um arependimento sincero, mas
no outro Mundo. Neste, as penas não são impostas pelo que se
está fazendo, ou pelo que se poderá vir a realizar, mas
pelo que já se fez. E o tribunal achou que o condenado
praticou, de facto, crimes hediondos.
A Califórnia não é o Alabama. Se algum racismo há na
justiça criminal, é o que protege acusados afro-americanos,
com possibilidades quase ilimitadas de rejeição de jurados
a quem o arguido não seja simpático, como aconteceu com
O. J. Simpson e acontece sempre, embora em menor grau de
visibilidade, por nem todos poderem recorrer àquela equipa
de advogados.
Caíram pela base as duas linhas de argumentação para
inverter o sentido da sentença. Quanto ao Prémio Nobel,
nunca ouvi dizer que uma candidatura, ou mesmo a sua
atribuição, fossem causas de desculpação ou, sequer,
circunstâncias atenuantes. Pelo que não podemos deixar
de notar, sem cinismo, mas não ignorando a realidade, que
o tempo ainda passível de decorrer, entre pedidos de indulto
e de adiamentos, pode bem enformar um favoritismo acrescido,
se vier a ser proposto aquando da próxima deliberação da
comissão competente do Parlamento Norueguês...
um chefe de gang, dado pelo tribunal como culpado de
crimes violentíssimos com ela puníveis. O Sr. Stanley
"Tookie" Wiliams queixa-se de ter sido vítima de «uma
justiça racista» e alega ter, na cadeia, mudado a sua
personalidade, havendo virado um apóstolo da não-violência,
que advogou em livros educativos, o que lhe valeu várias
proposituras para o Prémio Nobel da Paz. Não é para aqui
chamada a concordância ou não com a pena de morte, que é
a aplicável ao caso. O que interessa saber é se a sua
acção posterior é ou não redentora. Para um cristão decerto
que o será, se resultante de um arependimento sincero, mas
no outro Mundo. Neste, as penas não são impostas pelo que se
está fazendo, ou pelo que se poderá vir a realizar, mas
pelo que já se fez. E o tribunal achou que o condenado
praticou, de facto, crimes hediondos.
A Califórnia não é o Alabama. Se algum racismo há na
justiça criminal, é o que protege acusados afro-americanos,
com possibilidades quase ilimitadas de rejeição de jurados
a quem o arguido não seja simpático, como aconteceu com
O. J. Simpson e acontece sempre, embora em menor grau de
visibilidade, por nem todos poderem recorrer àquela equipa
de advogados.
Caíram pela base as duas linhas de argumentação para
inverter o sentido da sentença. Quanto ao Prémio Nobel,
nunca ouvi dizer que uma candidatura, ou mesmo a sua
atribuição, fossem causas de desculpação ou, sequer,
circunstâncias atenuantes. Pelo que não podemos deixar
de notar, sem cinismo, mas não ignorando a realidade, que
o tempo ainda passível de decorrer, entre pedidos de indulto
e de adiamentos, pode bem enformar um favoritismo acrescido,
se vier a ser proposto aquando da próxima deliberação da
comissão competente do Parlamento Norueguês...
0 Comments:
Post a Comment
<< Home