Leitura Matinal -149
À guisa de prolongamento do debate que versa a existência
de especificidade na escrita masculina ou feminina, afixo
hoje um poema de Luiza Neto Jorge que só teria podido ter
sido escrito por uma Mulher. Tive o cuidado de evitar temáticas
dadas como preferenciais da Feminilidade. Homens e Mulheres
têm os seus dédalos pessoais e intransmissíveis e uns e Outras
alternam o encerramento neles com lapsos de receptividade ao
que, exteriormente, os supera. Mas a sensibilidade eternamente
confundida à luz que se olha, se cria, ou, maxime, acompanhada
do calor solar, se experimenta na derme é uma condição de pleno
Receptáculo e fusão do psíquico e do físico que só está, julgo, ao
alcance do "Belo Sexo", tanto literalmente, como na acepção
metafórica dos paroxismos da intimidade.
VENHO DE DENTRO, ABRIU-SE A PORTA
Venho de dentro, abriu-se a porta;
nem todas as horas do dia e da noite
me darão para olhar de nascente
a poente e pelo meio as ilhas
Há um jogo de relâmpagos sobre o mundo.
De só imaginá-la a luz fulmina-me,
na outra face ainda é sombra
Banhos de sol
nas primeiras areias da manhã.
Mansidões na pele e do labirinto só
a convulsa circunvolução do corpo.
de especificidade na escrita masculina ou feminina, afixo
hoje um poema de Luiza Neto Jorge que só teria podido ter
sido escrito por uma Mulher. Tive o cuidado de evitar temáticas
dadas como preferenciais da Feminilidade. Homens e Mulheres
têm os seus dédalos pessoais e intransmissíveis e uns e Outras
alternam o encerramento neles com lapsos de receptividade ao
que, exteriormente, os supera. Mas a sensibilidade eternamente
confundida à luz que se olha, se cria, ou, maxime, acompanhada
do calor solar, se experimenta na derme é uma condição de pleno
Receptáculo e fusão do psíquico e do físico que só está, julgo, ao
alcance do "Belo Sexo", tanto literalmente, como na acepção
metafórica dos paroxismos da intimidade.
VENHO DE DENTRO, ABRIU-SE A PORTA
Venho de dentro, abriu-se a porta;
nem todas as horas do dia e da noite
me darão para olhar de nascente
a poente e pelo meio as ilhas
Há um jogo de relâmpagos sobre o mundo.
De só imaginá-la a luz fulmina-me,
na outra face ainda é sombra
Banhos de sol
nas primeiras areias da manhã.
Mansidões na pele e do labirinto só
a convulsa circunvolução do corpo.
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