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Lamentava o FG Santos, há pouco tempo, em comentário neste blogue, a eterna conexão entre os homens públicos americanos, o mundo das finanças e a actividade lobística. Pois, cheia de vontade de dar razão ao Criador de Santos da Casa , a maioria Republicana na Câmara dos Representantes elegeu, unanimemente, para a liderança, o lugar do demissionário Tom DeLay, o actual Whip, o congressista do Missouri Roy Blunt, pai do governador do estado. Não se pense que o fizeram pelas capacidades oratórias ou de administração do promovido colega. A confessada razão do chuto para cima foi a sua reconhecida habilidade em recolher meios de financiamento de campanhas, o fundraising, abundantemente demonstrada, nas próprias e nas dos restantes companheiros de bancada, por este homem, que chegou a Washington sem grandes meios de fortuna próprios. Se somarmos a estes dados a informação de que vários ex-acessores dele e um seu anterior chief of staff estão agora dedicados, a tempo inteiro, ao lobismo, temos de dar toda a razão e mais alguma ao desgosto pela contaminação materialista que exprimiu o nosso Caro Confrade.
7 Comments:
At 8:24 PM, Flávio Santos said…
Já nem sei se desgosto é a palavra certa, de tal forma o que sucede nos EUA é a lógica consequência do sistema. Relembrar o que dizia Maurras sobre a relação entre democracia e plutocracia.
At 11:51 PM, vs said…
Não sei qual o problema da 'plutocracia' e da 'oligarquia'.
São 'sistemas' como quaisquer outros.
Mais!
Todo e qualquer sistema de governo é tendêncialmente oligárquico.
De uma forma, ou de outra, lá vai dar.
Tem sido uma tendência irresistível ao longo da História.
Não vejo porque raios a Humanidade ia agora mudar de 'registo'.
nota: a plutocracia (com perucas, com títulos, com sapatos de salto alto, com pó de arroz, etc, etc....) exitiu em todos os sistemas não democráticos.
Se existe na Democracia também não é de estranhar.
Nem sei porquê o 'escândalo'.
At 10:40 AM, Flávio Santos said…
Não sabe porquê porque não percebe a diferença entre haver ricos mas numa realidade em que o sistema político não está submetido ao poder económico e o sistema democrático, em que o político é um lacaio do poder económico.
At 11:43 AM, Paulo Cunha Porto said…
E, além do que disse o FG Santos, caro Buíça, no Antigo Regime europeu, a posse do dinheiro não era, na maior parte dos casos, coincidente com o exercício do poder político, directamente ou por interposta pessoa.
At 6:53 PM, vs said…
Salvaguardadas as devidas excepções (que confirmam a regra):
o poder económico comanda o poder político.
ou
a vontade de ter mais poder económico faz e desfaz, manda e desmanda.
Quer seja em Democracia (que deu para ter as costas largas) quer seja em Ditadura
At 12:45 PM, João Villalobos said…
Então, então?! Não se permite, ao autor deste blogue, que escreva «acessores» com`cê.
At 6:34 AM, Paulo Cunha Porto said…
Meu caro João:
como verás noutros pontos do blogue há a palavra a que aludes, grafada com dois "ss". Mas aqui é mesmo com "c", por remeter para o acesso moralmente indevido que o dinheiro faculta, na política americana em geral e neste caso particular.
Não foi gralha, não. Vou, porém, pôr em itálico, para clarificar a coisa.
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