A Minha Estrada de Damasco
Vogava eu dos 16 para os 17 anos. Acreditava
no que ouvia. Cá por casa as simpatias eram
todas viradas para a fidelidade ao Trono, ou
ao que dele resta, o Ideal, mas falava-se
pouco ou nada de doutrina. Um dia, passeando
os olhos e os dedos pela biblioteca paterna,
tirei, ao acaso, um volume. Intitulava-se «Ao
Princípio Era o Verbo». O Autor era um tal
António Sardinha, de quem tinha acabado de ouvir
falar em duas linhas de uma aula de História
do 12º Ano de Escolaridade, como vago defensor
da importância do Sangue na formação do País.
Abri-o e foi a Revelação. Num processo muito
semelhante ao da consulta de blogs linkados em
outros, que visitamos todos os dias, transitei
vorazmente para o resto da considerável obra
daquele Escritor e para a dos outros Mestres
Integralistas. Pobre estudante, lá fui
desbaratando os tostões da mesada pelos vários
alfarrabistas, hábito que ainda subsiste.
Mas assim me tornei no que sou.
no que ouvia. Cá por casa as simpatias eram
todas viradas para a fidelidade ao Trono, ou
ao que dele resta, o Ideal, mas falava-se
pouco ou nada de doutrina. Um dia, passeando
os olhos e os dedos pela biblioteca paterna,
tirei, ao acaso, um volume. Intitulava-se «Ao
Princípio Era o Verbo». O Autor era um tal
António Sardinha, de quem tinha acabado de ouvir
falar em duas linhas de uma aula de História
do 12º Ano de Escolaridade, como vago defensor
da importância do Sangue na formação do País.
Abri-o e foi a Revelação. Num processo muito
semelhante ao da consulta de blogs linkados em
outros, que visitamos todos os dias, transitei
vorazmente para o resto da considerável obra
daquele Escritor e para a dos outros Mestres
Integralistas. Pobre estudante, lá fui
desbaratando os tostões da mesada pelos vários
alfarrabistas, hábito que ainda subsiste.
Mas assim me tornei no que sou.
4 Comments:
At 9:52 AM, Flávio Santos said…
Eu até nem foi por Sardinha que encetei essa estrada, foi por Luís de Almeida Braga, que tinha uma clareza de exposição verdadeiramente fantástica.
At 11:06 AM, Paulo Cunha Porto said…
Era bem bom, era.
Abraço
At 5:07 PM, Anonymous said…
Como eu Te percebo, Ilustre Amigo.
No meu caso, no entanto, cheguei a António Sardinha - também na Bilioteca Paterna - a partir das primeiras leituras de Rolão Preto e Jacinto Ferreira (aos catorze anos). Depois, fixei-me no Nacionalista Integral de Monforte e nunca mais o larguei.
Um abraço,
Mendo Ramires
At 12:46 PM, Anonymous said…
Otros llegamos a Sardinha por mediacion de Castela Santos
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