Leitura Matinal -57
Ultrapassado o 14 de Julho. Data que traz
evocações, não das mais felizes. Sob o signo
do turbilhão das perdas universais, com o injusto
ruir de um mundo, substituído por uma desordenada
anti-comunidade em busca de calmantes, mais
do que de prazeres.
14 de Julho, o ferrete da vergonha do início
de um tempo que não queria meu e é o que tenho.
14 de Julho, injunção peremptória para cuidar da
Salvação no hemisfério privado, já que no público,
sem um anti-14 de Julho, tal não é possível.
Mas o Tempo flui. E estamos a 15 de Julho.
Por tudo isso, 15 de Julho, és o mote que me faz
trazer esta meditada poesia que Frei Castelo
Branco escreveu, no Século XVII:
DO TEMPO
Deus nos pede do tempo estreita conta!
É preciso dar conta a Deus do tempo!
Mas como dar, do tempo, tanta conta,
Se se perde sem conta tanto tempo?!
Para fazer a tempo a minha conta,
Dado me foi, por conta, muito tempo,
Mas não cuidei no tempo e foi-se a conta...
Eis-me agora sem conta... eis-me sem tempo...
O vós que tendes tempo e tendes conta,
Não o gasteis, por nunca, em passatempo,
Cuidai, enquanto é tempo, o terdes conta.
Ah! se quem esta conta de seu tempo
Tivesse feito, a tempo, preço e conta,
Não chorava, sem conta, o não ter tempo.
evocações, não das mais felizes. Sob o signo
do turbilhão das perdas universais, com o injusto
ruir de um mundo, substituído por uma desordenada
anti-comunidade em busca de calmantes, mais
do que de prazeres.
14 de Julho, o ferrete da vergonha do início
de um tempo que não queria meu e é o que tenho.
14 de Julho, injunção peremptória para cuidar da
Salvação no hemisfério privado, já que no público,
sem um anti-14 de Julho, tal não é possível.
Mas o Tempo flui. E estamos a 15 de Julho.
Por tudo isso, 15 de Julho, és o mote que me faz
trazer esta meditada poesia que Frei Castelo
Branco escreveu, no Século XVII:
DO TEMPO
Deus nos pede do tempo estreita conta!
É preciso dar conta a Deus do tempo!
Mas como dar, do tempo, tanta conta,
Se se perde sem conta tanto tempo?!
Para fazer a tempo a minha conta,
Dado me foi, por conta, muito tempo,
Mas não cuidei no tempo e foi-se a conta...
Eis-me agora sem conta... eis-me sem tempo...
O vós que tendes tempo e tendes conta,
Não o gasteis, por nunca, em passatempo,
Cuidai, enquanto é tempo, o terdes conta.
Ah! se quem esta conta de seu tempo
Tivesse feito, a tempo, preço e conta,
Não chorava, sem conta, o não ter tempo.
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