A Exigência do Instrumento
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É uma imagem clássica a assimilação do corpo nu da Mulher ao violoncelo; e uma brincadeira não menos costumeira a inversão de funções que sugira como que uma vingança do objecto musical que tocaria em vez de ser tocado. As razões parecem repousar na evidência das semelhanças dos contornos.
Quando, porém, a Instrumentista sente uma necessidade íntima de actuar em pelo, como a da norte-americana de que se junta notícia, podemos começar a interrogar as razões dessa apetência. Ora vejam:
«GREAT ART
"I've always had the desire to play (the cello) naked," said Ms. Jesse Hale, a music major at Austin Peay State University (Clarksville, Tenn.) and member of the CJ Boyd Sexxxtet of nude cellists who play their experimental, chant-like songs in concert around the country. Hale, who says she's been playing naked since sixth grade, explained to Austin Peay's newspaper in September that cellists "make full body contact with (their) instrument," and their legs even "wrap" around it so that "(i)t just feels natural."»
Tratar-se-á de um fetichismo simples? De uma tendência lésbica que assimile o físico feminino ao grande instrumento? De uma procura de captação da magia da música sem o empecilho das roupas a barrar as ondas? Não, o misantropo tem outra explicação - como este preparo naturista visa espectáculos públicos, pretende apenas distrair a atenção do público, temendo vir a desafinar...
É uma imagem clássica a assimilação do corpo nu da Mulher ao violoncelo; e uma brincadeira não menos costumeira a inversão de funções que sugira como que uma vingança do objecto musical que tocaria em vez de ser tocado. As razões parecem repousar na evidência das semelhanças dos contornos.
Quando, porém, a Instrumentista sente uma necessidade íntima de actuar em pelo, como a da norte-americana de que se junta notícia, podemos começar a interrogar as razões dessa apetência. Ora vejam:
«GREAT ART
"I've always had the desire to play (the cello) naked," said Ms. Jesse Hale, a music major at Austin Peay State University (Clarksville, Tenn.) and member of the CJ Boyd Sexxxtet of nude cellists who play their experimental, chant-like songs in concert around the country. Hale, who says she's been playing naked since sixth grade, explained to Austin Peay's newspaper in September that cellists "make full body contact with (their) instrument," and their legs even "wrap" around it so that "(i)t just feels natural."»
Tratar-se-á de um fetichismo simples? De uma tendência lésbica que assimile o físico feminino ao grande instrumento? De uma procura de captação da magia da música sem o empecilho das roupas a barrar as ondas? Não, o misantropo tem outra explicação - como este preparo naturista visa espectáculos públicos, pretende apenas distrair a atenção do público, temendo vir a desafinar...
7 Comments:
At 5:24 PM, Anonymous said…
Mas se tocar bem e tiver "presença"...
que grande concerto!
At 6:17 PM, Paulo Cunha Porto said…
Ah sim, Querida Marta! Apesar da muita música, sem registo audiovisual estaria incompletíssimo!
Beijinho.
At 8:55 PM, Anonymous said…
Aqui existe aquela velha máximo que o meu caro amigo deve conhecer: "Mulher com corpo de violão!" :)
At 9:19 PM, Paulo Cunha Porto said…
Olhe, Caríssimo Capitão-Mor, confesso que não tinha ideia. Mas é comparação sedutora!
Abração.
At 12:05 AM, Jansenista said…
Algo me recorda de uma(s) foto(s) de Man Ray sobre este tema.
At 12:10 AM, Anonymous said…
Quem souber tocar-lhes nas cordas mais íntimas, só lhes digo, corroborando uma opinião aqui expressa, que concertos!
At 9:30 AM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Jansenista:
Sempre a oportunidade Jansénica a enriquecer estes postais com o carimbo da recordação de obras maiores conexas! Mil graças!
Caro Anónimo:
Elogio do dedilhar: Quem lançar a semente que faz vibrar as cordas mais íntimas colherá a suprema melodia!
Abraços a Ambos.
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