Meu Caro Çamorano: Para o uniforme ficar completo não poderia faltar. Mas não me conte por aí...
Meu Caro Mário Martins: Mário de Carvalho é um Romancista cuja obra muito prezo e que tive a honra de entrevistar. Como politologia o referido texto parece-me não mais digno de nota do que um desabafo... Abraços a Ambos.
O pior, caro Paulo, é que estes pseudo-revolucionários só o são quando convém. É de facto uma moda. Ninguém diria que grande parte deles são os que vestem "roupa com nomes", mas vão ao Avante nas férias. São precisamente aqueles que se dizem liberais por serem de esquerda... Destes que se topam à distância, já há poucos. Exteriorizar de forma tão radical o espírito revolucionário não calha bem com a hipocrisia de ter a tal Playstation. Somente entre os pares assumem completamente o que lhes vai na alma. Por outro lado, temos os que são tão superficiais que acabam por seguir o caminho inverso, chegando ao extremos de não esconder o "pseudismo" na indumentária. Mas são revolucionários nisso, e só nisso: vestem aquilo que não lhes passa pela cabeça. Afinal, nenhum deles assume Estaline... talvez uma meia dúzia do RASH. São em suma os desalinhados, que acabam por não sê-lo.
Meu Caro Simão: As diferentes atitudes dos revolucionários perante Estaline são, justamente, como escrevi em "post" anterior, o confronto entre passados e expectativas diferentes. Entre os que constataram a sua existência como erro que impediu a vitória final e os que precisam de unir-se na remitificação de um período ou local longínquos que simbolize o contrário da derrota final a que assistiram. Quanto às roupagens, é a tentativa de mudar a coisa, quando as aspirações antigas já estão desacreditadas. Mas embora os novos rótulos sejam fraudulentos, deixam-nos alguma esperança de regeneração dos que se reclamam com eles. Abraço.
MALS, esse foi outro que só ASSUMIU os erros do estalinismo quando este passou à História.
8 Comments:
At 7:45 PM, Anonymous said…
Pañuelo palestino al pescuezo.....
At 7:51 PM, Mário Casa Nova Martins said…
Inenarrável no mesmo DN “Ser de Direita” por Mário de Carvalho…
Cumprimentos
At 9:02 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Çamorano:
Para o uniforme ficar completo não poderia faltar. Mas não me conte por aí...
Meu Caro Mário Martins:
Mário de Carvalho é um Romancista cuja obra muito prezo e que tive a honra de entrevistar. Como politologia o referido texto parece-me não mais digno de nota do que um desabafo...
Abraços a Ambos.
At 9:22 PM, Anonymous said…
O pior, caro Paulo, é que estes pseudo-revolucionários só o são quando convém. É de facto uma moda. Ninguém diria que grande parte deles são os que vestem "roupa com nomes", mas vão ao Avante nas férias. São precisamente aqueles que se dizem liberais por serem de esquerda...
Destes que se topam à distância, já há poucos. Exteriorizar de forma tão radical o espírito revolucionário não calha bem com a hipocrisia de ter a tal Playstation. Somente entre os pares assumem completamente o que lhes vai na alma.
Por outro lado, temos os que são tão superficiais que acabam por seguir o caminho inverso, chegando ao extremos de não esconder o "pseudismo" na indumentária. Mas são revolucionários nisso, e só nisso: vestem aquilo que não lhes passa pela cabeça. Afinal, nenhum deles assume Estaline... talvez uma meia dúzia do RASH.
São em suma os desalinhados, que acabam por não sê-lo.
At 12:54 AM, Anonymous said…
Olhe que não Sr. Dôtor, olhe que não...
At 11:07 AM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Simão:
As diferentes atitudes dos revolucionários perante Estaline são, justamente, como escrevi em "post" anterior, o confronto entre passados e expectativas diferentes. Entre os que constataram a sua existência como erro que impediu a vitória final e os que precisam de unir-se na remitificação de um período ou local longínquos que simbolize o contrário da derrota final a que assistiram.
Quanto às roupagens, é a tentativa de mudar a coisa, quando as aspirações antigas já estão desacreditadas. Mas embora os novos rótulos sejam fraudulentos, deixam-nos alguma esperança de regeneração dos que se reclamam com eles.
Abraço.
MALS, esse foi outro que só ASSUMIU os erros do estalinismo quando este passou
à História.
At 5:12 PM, Anonymous said…
Então vamos esperar que o estalinismo passe á estória com "hindsight".
At 8:44 AM, Paulo Cunha Porto said…
A única coisa a que lhe resta passar é ao esquecimento: para ainda poder passar, claro.
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