Aprender Com a Experiência
Dizia Oscar Wilde que a «Experiência é o nome que toda a gente dá aos seus erros». De acordo, mas o problema maior está em identificá-los. No caso dos Comunistas, aqueles que viveram sob o regime dos Sovietes tenderam a vê-los no culto da personalidade e na repressão exarcebada e purgática que no Estalinismo transformou o Purgatório em Inferno, ao invés do Paraíso prometido. Já os que, por mais novos ou geograficamente afastados, não sentiram na pele as exacções do Paizinho dos Povos tendem a identificar o erro com a cedência, o amaciamento e até o revisionismo que desaguaram no derrube do regime Soviético. Não admira portanto a quem quer que seja, salvo se se chamar Carlos Brito, que os militantes da JCP e muitos outros, do Partido, tenham orgulho em declarar-se estalinistas. O georgiano José simboliza para eles o período do êxito, ao contrário da decrépita marginalidade em que hoje navegam. E é nas alturas da decadência que os irredutíveis tendem a cerrar fileiras em torno dos homens fortes, os que se não deixam tolher pelos escrúpulos no exercício do poder.
Para se ter uma referência, muita gente está disposta a dizer que o Diabo não é tão mau como o pintam. Sempre o optimismo, enfim!
Para se ter uma referência, muita gente está disposta a dizer que o Diabo não é tão mau como o pintam. Sempre o optimismo, enfim!
16 Comments:
At 5:16 PM, Anonymous said…
Vivem em 1984...
At 7:08 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Simão:
Duplamente: quer por 1984 ser cronologicamente anterior a 1989, quer no - e principalmente - sentido orwelliano do termo.
Abraço.
At 7:13 PM, Anonymous said…
Era no segundo sentido que estava a intenção do comentário. Estou a reler o 1984. Será que a Teresa Guilherme era do Partido do Pensamento? ahahah
abraço
At 7:15 PM, Anonymous said…
Errata: Polícia e não Partido
At 7:33 PM, Paulo Cunha Porto said…
Hihihihihi! Não se poderia dizer, Caríssimo Simão, depois desta, que se tratasse de uma agente absolutamente secreta...
Abraço.
At 8:13 PM, Anonymous said…
A politiquice, desde o derrube do muro de berlim, tem vindo a transvestir -se com esses mesmo valores. Valores (ou ideais, ou o que lhes quiser chamar) com uma finalidade marcadamente ocupacional. Com a crescente e quase total mecânização da exploração dos recursos, há a necessidade de manter as cabecinhas pensadoras ocupadas e a acreditarem num sentido de acomplishment que deve, por pricipio e mais: obrigação, para com a educação e bem-servir o próximo. Sempre com o sentido de se retirar da equação.
A reinvenção da roda é uma constante, dar continuidade a mitos é -o ainda mais. E ensinar a missa ao padre nem se fala. Um destes dias sabereia diferença marcada entre o real e o abstracto no dia em os meus dedos fizerem mais que teclar palavras e declarações inúteis que tanto e tão melhor escreveram.
E que tal isto para uma continuação dos erros do passado?
At 8:29 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Miguel Alexandre Lopes da Silva:
Anseio por um dia em que me sinta dispensado de teclar, por já não ser necessário comentar alinhamentos espúrios pelas ideologias que diminuíram o Homem e que querem reinventar a História, ou refugiar-se cegamente na colagem à nostalgia de alguns dos episódios mais opressivos dela, noutros casos. Se o discurso contra as «cabecinhas pensadoras» for estendido a todos aceito, embora aconselhar a deixar de reflectir não me pareça o caminho ideal. Se for apenas uma tentativa de calar o que incomoda já não posso aplaudir.
Mas convém não subestimar a escrita. Com a pena, a máquina de escrever ou o teclado do computador, sempre foi idolatrada por todos os poderes e fautora das alterações que eles sofreram ao longo da história, o que agradará a uns. E o meio menos sanguinário de um homem se manifestar honestamente, o que cativará outros. De tal forma que os seus críticos não têm outra hipótese senão recorrer a esse instrumento, negando-se. O que está longe de ser grave, desde que ninguém seja obrigado a ler, ou... deixar de ler.
Sem desacordo essencial, tudo pesado.
At 8:50 PM, Anonymous said…
A leitura, sim, a escrita para quem o sabe, o que neste caso, não incui aquele que aqui escreve este post.
Quanto á sua "argumentação" de resposta, em nada toca no que escrevi. Você está um verdadeiro adepto da politica de Aristoteles. Perdoe a franqueza e a sinceridade, mas é com muita pena (!) que leio ainda hoje um homem culto como vc a recordar e aplicar os discursos que mais evidentemente plagiam o dar a volta oa casaco com vista á submissão dos infieis. Outras regras foram publicadas pela mesma altura.
Quanto ao afastamento tem toda a razão: não podia estar mais perto da verdade...
At 9:35 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro MALS:
Tem toda a liberdade de julgar, mas olhe que o seu juízo não aponta um ponto concreto e enferma da fraqueza de juntar muitas e desordenadas palavras para dizer coisa nenhuma. Acha que alguém acredita que ache mesmo o que começou pos escrever e mesmo assim gastasse tanto palavreado com o caso? Hihihihihi!
Sabe, tento sempre adequar o discurso ao que me apercebo que o Interlocutor possa entender, mas neste caso há dificuldades de tomo.
At 9:54 PM, Anonymous said…
Terá de fazer muito melhor. O meu ju(lga)mento é o de que o presente é muito mais descordenado e acéfalo do que a sua imaginação permite. Acredite que o efeito está lá, com ou sem pai natal, com ou sem nada sempre respondendo ao nada que sou e nada digo.
A marcha segue.
(só cá entre nós, que ninguém ouve, são todas essas fraquezas que tão acertadamente apontou - e está bem acompanhado nesse aspecto - que fazem parte de um todo muito, muito defeituoso - humano)
At 9:54 PM, Anonymous said…
Não acha que já lhe mereci atenção em demasia?
At 10:53 PM, Paulo Cunha Porto said…
Não, Caro MALS, a política desta casa é respoder sempre a quem vem cá comentar, mesmo que nada diga sobre o que escrevi. E quando analiso um qualquer evento esforço-me por observá-lo com o rigor que tenha ao alcance, não com a imaginação que trai muitos delírios, embora não explique nem descreva a realidade.
Sem ressentimentos,hihi.
At 11:04 PM, Anonymous said…
A "descrever" o processo que tinha escrito com tanta indulgência?
Já agora podiam legendar o que aqui falta em termos de raciocinio em vez de apagar o que não é.
Mais lhe digo: as palavras são para consumo próprio.
At 9:27 AM, Paulo Cunha Porto said…
Bom proveito no que toca às suas, Mals. A indulgência é uma virtude, creio. Dela tem beneficiado neste blogue onde nada se apaga, nem os momentos "nonsensical" daqueles comentários que, não sendo mais, vão servindo de entretenimento, hihihihi.
At 12:45 PM, Anonymous said…
"Nada se apaga"?
Terei de ser mais concreto?
"Ententendidos"?
At 7:25 PM, Paulo Cunha Porto said…
Nada se apaga e tudo se paga. É sempre bom tentarmos ser concretos, MALS, que a abstracção é o ópio do novo.
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