Passar o ou a Tempo

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Do noticiário internacional do dia colho o aviso da Directora do MI5 britânico, segundo o qual se perspectivam novos atentados por terras de Sua Majestade e para o facto de os radicais que os planeiam estarem a tentar recrutar executores deles entre a juventude em idade escolar mais impressionável. Por outro lado leio que está prestes a ser lançada uma novíssima playstation que inundará o mercado com um divertimento absorvente e viciante, apto a tomar o tempo dos nossos juniores. E temo a bom temer pela incapacidade geracional dos nossos fazerem frente à ameaça dos deles, entretidos que estão no jogo, enquanto os do inimigo se vão adestrando na luta e no sacrfício.
Da necessidade de canalizar energias para o combate surgiu-me a recapitulação da historieta do grande D. João de Castro, conforme conta Jacinto Freire de Andrade:
«Determinou levar consigo a seus filhos D. Fernando e D. Álvaro, que era o mais velho; o qual mandou cortar algumas galas que pediam a profissão e os anos; e passando D. João acaso pela Jubiteria, vendo estar penduradas umas calças d´obra, parando o cavalo, perguntou de quem eram, e tornando-lhe o oficial, que as mandara fazer D. Álvaro, filho d´o governador d´a India, pediu D. João de Castro uma tesoura, com que as cortou todas, dizendo para o mestre: «Dizei a esse rapaz que compre armas». Não lemos que fosse mais exemplar ou austera a disciplina dos antigos romanos.».