Jogo de Cintura
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Desafiou-me a Marta, ao falar aqui da Sua simpatia pelo cinto de ligas que segure as meias de senhora, o qual sei preferir aos collants, hoje relativamente mais espalhados. Creio poder arriscar que nós, homens, concordamos inteiramente; e não apenas por razões estritamente práticas, mas antes por aquelas que nos ajudam a ver o sonho no que a vista alcança.
Gostaria de deixar duas notas sobre o tema: a do mito que se gerou de ter sido Gustave Eiffel o inventor d o dispositivo, desafiado pela Mulher, por sua vez cansada de lhe ouvir remoques sobre a mobilidade excessiva das respectivas meias. Dado que a historiografia especializada apurou ter o verdadeiro criador desta 8ª maravilha da Humanidade, no mundo contemporâneo, sido o costureiro Féréol Dedie, em 1876, para evitar os problemas de circulação derivados do uso de ligas apertadas não-suspensas, mas inspirado em peças precursoras de há 3000 anos, importaria encontrar uma explicação para esta fantasia. Tenho duas hipóteses como possíveis: sendo o Engenheiro glorioso o criador mais em destaque na altura do aparecimento do acessório, era de procurar o nome dele para patrocínio de tão fundamental descoberta. A segunda explicação residiria no facto de, afastando um pouco as pernas, a portadora do mecanismo o fazer assemelhar-se à base da famosa torre de Paris...
Mas o que há a lamentar é a desgraçada propagação, a partir dos tristes anos 1960´s - que deram outras coisas pouco estimáveis -, como seja o subscritor destas linhas, dessa invenção do Diabo que é o collant. Do Diabo por atentar contra a estética do Homem, não por o tentar, pela via do prazer. Não se pode optar jamais por este decalque da pele contra um prodígio da engenharia como o que antecedeu. E faz espécie como a sofisticação feminina não se insurgiu contra tamanho primitivismo...
Desafiou-me a Marta, ao falar aqui da Sua simpatia pelo cinto de ligas que segure as meias de senhora, o qual sei preferir aos collants, hoje relativamente mais espalhados. Creio poder arriscar que nós, homens, concordamos inteiramente; e não apenas por razões estritamente práticas, mas antes por aquelas que nos ajudam a ver o sonho no que a vista alcança.
Gostaria de deixar duas notas sobre o tema: a do mito que se gerou de ter sido Gustave Eiffel o inventor d o dispositivo, desafiado pela Mulher, por sua vez cansada de lhe ouvir remoques sobre a mobilidade excessiva das respectivas meias. Dado que a historiografia especializada apurou ter o verdadeiro criador desta 8ª maravilha da Humanidade, no mundo contemporâneo, sido o costureiro Féréol Dedie, em 1876, para evitar os problemas de circulação derivados do uso de ligas apertadas não-suspensas, mas inspirado em peças precursoras de há 3000 anos, importaria encontrar uma explicação para esta fantasia. Tenho duas hipóteses como possíveis: sendo o Engenheiro glorioso o criador mais em destaque na altura do aparecimento do acessório, era de procurar o nome dele para patrocínio de tão fundamental descoberta. A segunda explicação residiria no facto de, afastando um pouco as pernas, a portadora do mecanismo o fazer assemelhar-se à base da famosa torre de Paris...
Mas o que há a lamentar é a desgraçada propagação, a partir dos tristes anos 1960´s - que deram outras coisas pouco estimáveis -, como seja o subscritor destas linhas, dessa invenção do Diabo que é o collant. Do Diabo por atentar contra a estética do Homem, não por o tentar, pela via do prazer. Não se pode optar jamais por este decalque da pele contra um prodígio da engenharia como o que antecedeu. E faz espécie como a sofisticação feminina não se insurgiu contra tamanho primitivismo...
11 Comments:
At 9:37 PM, Anonymous said…
Ò meu amigo, depois você ainda tem coragem de negar o seu momento fetichista!? :)
Abraço
At 9:41 PM, Anonymous said…
de há uns anos para cá já existem umas meias que são de ligas mas não precisam das ligas (confuso?). ficam ali pela coxa...e também são giras. e não são associadas a "fetichismo", grande preocupação do sr. capitão. beijinhos.
At 9:47 PM, Anonymous said…
ah!
tanta coisa com os "balões abafadores", que neste post cortaste o mal pelo diafragma!:)
At 12:25 AM, zazie said…
Que história gira. Não fazia a menor ideia. Quanto ao resto, cintos e faca na liga, passo
";O)
At 12:42 AM, zazie said…
This comment has been removed by a blog administrator.
At 12:43 AM, zazie said…
Queria dizer as "selvagens". E então uma selvagem racée, é que é mesmo uma raridade.
At 12:48 AM, zazie said…
(tinha gralhas a mais)
e agora perdi o texto.
Era uma história acerca da sensualidade em estado selvagem. Mas não era do National Geographic
":O))
At 4:12 AM, Anonymous said…
Tudo isto me lembra um filme que vi no Forum Picoas, com a presença da autora, Virginie Thévenet: "La nuit porte jarretelles".
E também para a Ana Zanatti, em "O lugar do morto", a mostrar o cinto de ligas ao Pedro Oliveira, em cima do capot de um carro.
E a esclarecer, em entrevista, que não estava de collants.
At 9:27 AM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Capitão-Mor:
Ora essa! Um postal de um distanciamento historiográfico á prova de tudo!
Querida Teresa:
E essas não afectam a circulação?
A do sangue, quero eu dizer.
Pois, caso contrário ainda me acusavam de exceder a quota diária...
Querida Zazie:
Sempre achei curioso este mito eiffeliano da "lingerie" & associados. E como o Homem até fez fama por cá, achei que lhe era devido um postal. A Marta deu-me o toque/ensejo para isso.
Raios! E ficámos suspensos de tão promissor rlaro! Vê se é recuperável.
Meu Caro Luís:
Aquele cuja parte criminal se passa aqui bem ao pé de minha casa, na falésia de S. Pedro do Estoril. "Yes, I remember it well".
Beijinhos e abraços.
At 11:40 AM, Anonymous said…
A Teresa tem razão, essas meias de que ela fala, também funcionam bem.
Mas nada como o cinto de ligas.
Os collants, Paulo são mais práticos e fundamentais para usar com calças e mini saias.
Para outras festas....
Beijinho
At 7:58 PM, Paulo Cunha Porto said…
Querida Marta:
Outras festas, com efeito, apesar do apelo algo similar que Jane Birkin e Gillian Hills fizeram os "collants" despertar em «BOW-UP», de Antonioni, nesse retinto ano de 1966.
Beijinho.
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