Ida e Volta

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As cruzes em Lulas não foram suficientes para que, nesta ida às urnas, se evitasse mais uma volta, o que terá deixado o molusco a fumegar, apesar de se manter intragável. Nem foi tanto o segundo turno, que eu me atrevi a prever, contra a desesperança de Alguns Amigos, mesmo Os lá residentes. O mais notável é a votação de Alckmin ter ultrapassado os 40%, pouco menos do que o dobro do que Serra conseguiu à primeira, no sufrágio anterior. Só que o ex-Governador de São Paulo não deverá poder esperar pelos 6% de Heloísa Helena, tendo de torcer por que a zanga dela com as lulices haja sido bastante forte para os afastar de vez do Presidente. E tem um mês para, pondo a nu as ligações criminais da entourage do poder petista, anexar quatro pontitos percentuais deste aos seus números. A atmosfera promete alguma esperança e será bom atentar no que Este Amigo nos conta. Além de que Luís Inácio da Silva era, tradicionalmente, mau nos debates e que estes, agora, vão ter lugar. Pode, porém, ter melhorado. Mas, atenção: continua a ser problemática a condenação dos corruptos pelo eleitorado brasileiro. Ontem até elegeram Senador o ex-Presidente Collor. Para a cadeira deixada vaga por Heloísa, justamente.

Lula era nesta eleição o número treze. Esperemos que na próxima votação as cruzinhas não neguem à Terra de Vera Cruz a imortalidade que motivou a atribuição do Nome, deixando em seu lugar outra, a de sentido meramente fúnebre.