A Queda
A do Homem fora antes, aqui bem perto de mim, no Forte de Santo António, neste São João do Estoril em que vivo. A 26 de Setembro de 1968 o Chefe de Estado exonerara Salazar, por incapacidade provocada pelo célebre acidente. No dia 27, de que hoje passa mais um aniversário, estava pela primeira vez a sua cadeira à espera de outro. Não a culpada do desastre, a outra, a do Poder. Não era agora a de um Indivíduo, mas a queda de todo um País que começava. A deste Portugal que só existe já com recurso a alguma imaginação.
6 Comments:
At 11:00 AM, Anonymous said…
Oh! Que pena, hoje não consigo estar de acordo consigo em nada :))
Beijinho Paulo.
At 12:00 PM, Marcos Pinho de Escobar said…
De facto, meu caro Paulo, o início do que seria o último acto do Portugal histórico.
Um abraço.
At 1:17 PM, Anonymous said…
É função de um Estado zelar pela virtude, diz Aristóteles. (...) compreende uma exigência política que, na prática, implicaria uma interferência dos funcionários do estado na condução moral dos cidadãos, isto é, mais no controlo das suas opções éticas do que na salvaguarda da liberdade.(...) em vez de tornar o Homem moralmente mais perfeito, ela constitui, na verdade, a causa da sua degradação, uma vez que, ao contrário do que parecem pensar os seus defensores, inclui a negação da responsabilidade moral do indivíduo, substituindo-a pelo tabu das sociedades tribais e pela irresponsabilidade individual de cariz totalitário.
At 1:19 PM, Anonymous said…
Em oposição a semelhante atitude, o individualismo defende a supremacia da ética individual relativamenteà ética do Estado, postulando que a segunda deve ser controlada pelos cidadãos, e não o contráriom, pois aquilo que pretende é moralizar a política e não politizar a moral.
At 7:22 PM, Paulo Cunha Porto said…
Não importa, Querida MFBA. Os amigos não têm de concordar sempre. Não devemos esmorecer.
Altura para um "Requiem", Meu Caro Euro-Ultramarino.
Meu Caro Popper:
A responsabilidade só pode ser individual. Mas dela participam governados e gofernantes. A aferição que se pode e deve fazer dela deve reportar-se à fidelidade e competência com que se defende o herdado, desde que se penalize deliberadamente o mínimo de inocentes. Donde, se identificamos alguém que foi bem sucedido neste Ideal, àqueles que O denigrem e pior, aos que se Lhe opuseram, nada resta senão o campo imoral. Não é uma conformação actual dos governados pela máquina estadual, é a submissão de todos a um legado histórico.
Era o que dizia um dos nossos Grandes das Letras de Outrora da Nobreza: «recebe-se e transmite-se, se não acrescentada, pelo menos não diminuída».
Pelo que disse, Estado e Súbditos estão anbos obrigados à observância de uma Coerência Histórica que um e os outros transcende e vincula.
Beijinhos e abraços.
At 9:24 PM, Paulo Cunha Porto said…
Obrigado, Caro Visconde. Parafraseando um velho anúncio, da minha meninice, "Mais Palavras para quê? Era O Grande Político Português".
Abraço.
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