O Choque Sociológico
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Diz um dos magos de Vilar de Perdizes, entrevistado num noticiário televisivo, que, na respectiva clientela, o Amor passou para terceiro plano, sendo os dois primeiros postos da procura de influências sobrenaturais ocupados pela carreira e o dinheiro.
Não se dará por isso, mas é um indicador de subdesenvolvimento, o facto de as pessoas pensarem só conseguir vingar no emprego com recurso a feitiços. E de retrocesso civilizacional - na vertente da dignidade humana -, quando preferem o sucesso, quer dizer, serem invejadas, a serem amadas.
8 Comments:
At 10:12 AM, Anonymous said…
...e depois existem aqueles que não se deixam amar...
At 4:42 PM, Anonymous said…
Olá Paulo
porque hoje o ter vale mais que o ser. Ter, e depois o amor vem por acréscimo.
Beijinho
At 6:52 PM, Paulo Cunha Porto said…
Querida MFBA:
É isso, quero dizer, a primeira frase.
Quanto à segunda: amor? Motivado pela atracção do que luz e parece ouro? Ná, começou pelos casamentos e estende-se agora às uniões de facto - desconfio de que esses planos de vida em comum tenham, em muitos casos, meros intuitos de assegurar benefícios fiscais.
Beijinho.
At 7:21 PM, Viajante said…
Vindo de «estado de alma» para aqui, o resultado é, no mínimo, inquietante (sorriso).
Parece-me que, no Tempo, o Ter sempre, ainda que com outras roupagens, (posição e ou terras, carreira e ou dinheiro...) foi preferido. Ou seja, o Ser nunca foi de voz marioritária, ou foi?
E para preferir ser amado(a) e amar, na voz activa e passiva, é preciso «ter» mais, do que o Ter, paradoxalmente...
beijo, nada intrigado com as (constantes?) prioridades da maioria
At 7:32 PM, Anonymous said…
A entrevista foi antes ou depois de jantar?
At 8:35 PM, Paulo Cunha Porto said…
Oh Viajante, mas o que inquietará mais? A transição que referis ou o facto de terdes escohido este para comentar? (r)
Subscrevo a conclusão para não me suicidar, bloguisticamente falando, já a seguir. Mas a dúvida não era dirigida à preferência, sim ao uso da magia para este ou aquele dos desideratos.
Majority rulls. But not all over everybody.
Beijo, inconformado com a opção maioritária.
Caro Anónimo:
O drama é que o declarante não tinha ar de estar atestado...
Meu Caro Visconde:
Inigualável, ainda hoje, apesar dos pesares de que este "post" é consequência.
Beijinhos e abraços.
At 5:24 PM, Anonymous said…
Sem dúvida, caro Misantropo, quer seja do mistico, ao trabalho manual, passando pela "cerebrelo barrigudo", o "ar" é(-lhes) relampejantemente sugado á vista primeira.
At 9:02 PM, Paulo Cunha Porto said…
Efeitos do defumador, Caro Anónimo?
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