Educar é Viver
Sempre me fez espécie que tanta gente comesse nas cantinas escolares sem necessidade disso. Grande parte dos alimentos lá oferecidos tinham um aspecto que me fazia desejar estar nos Antípodas, pelo que jamais fui frequentador dessa alternativa nutritiva. Mais repulsivas do que as batatas fritas das escolas, com ar de o terem sido em óleos inúmeras vezes aproveitados, só a oferta de gorduras e farturas nas barraquinhas à porta dos estádios da bola...
Minto, há também a tropa. Mas no Exército, em que servi, a instrução deve ser canalizada para a sobrevivência, mesmo em meios agrestes, dos quais a alimentação duvidosa é não pequeno factor. Enquanto que a Escola deve proporcionar produtos com qualidade e qualidades que estimulem crescimentos saudáveis, bem como educar o gosto no sentido da exigência, vida fora.
E nem costuma ser questão de dinheiros. Sabe-se como os EUA têm problemas de selecção de alimentos gravíssimos, em escolas providas de fundos consideráveis e transversal frequência, quanto aos estratos étnico-sociais. Nas crianças e adolescentes daquele país o triunvirato batata-pipoca-refrigerante goza de poder absoluto, com as boas-vindas consequentes ao cancrio e à obesidade.
Gostaria, de resto, que toda a doçaria portuguesa abdicasse da facilidade do açúcar em benefício do requinte relativo do sabor a fruta, atitude apropriada para fomentar a capacidade degustativa, com um leque mais multtifacetado de sabores.
Por todas estas razões acho-me firmemente favorável às alterações que são sugeridas aos estabelecimentos de ensino, porque comer pode ser educar. O resto está no título.
Minto, há também a tropa. Mas no Exército, em que servi, a instrução deve ser canalizada para a sobrevivência, mesmo em meios agrestes, dos quais a alimentação duvidosa é não pequeno factor. Enquanto que a Escola deve proporcionar produtos com qualidade e qualidades que estimulem crescimentos saudáveis, bem como educar o gosto no sentido da exigência, vida fora.
E nem costuma ser questão de dinheiros. Sabe-se como os EUA têm problemas de selecção de alimentos gravíssimos, em escolas providas de fundos consideráveis e transversal frequência, quanto aos estratos étnico-sociais. Nas crianças e adolescentes daquele país o triunvirato batata-pipoca-refrigerante goza de poder absoluto, com as boas-vindas consequentes ao cancrio e à obesidade.
Gostaria, de resto, que toda a doçaria portuguesa abdicasse da facilidade do açúcar em benefício do requinte relativo do sabor a fruta, atitude apropriada para fomentar a capacidade degustativa, com um leque mais multtifacetado de sabores.
Por todas estas razões acho-me firmemente favorável às alterações que são sugeridas aos estabelecimentos de ensino, porque comer pode ser educar. O resto está no título.
7 Comments:
At 4:25 PM, Anonymous said…
Olá Paulo
Isto dos fritos tem muito que se lhe diga, como dizia Maria de Lurdes Modesto, há bem pouco, a Ana de Sousa Dias. A "tempura" japonesa foi ensinada pelos portugueses.
Não me diga que passa bem sem um pastelinho de bacalhau bem feito, ou de um rissol de camarão. Óbvio que não pode ser sempre, mas são tão bons!.
A comida tradicional portuguesa é das mais ricas do mundo. Não se pode perder.
Beijinho.
At 7:58 PM, Anonymous said…
Amigo Paulo: ¿Qué grado alcanzaste el el Ejercito Luso?
At 8:27 PM, Paulo Cunha Porto said…
Querida MFBA:
Embora tenha reduzido o consumo de fritos, claro que gosto de um bom rissol ou croquéte. Mas só os como em casas de confiança, onde saiba que são feitos com higiene e em óleos novos, no mínimo.
Agora a batata frita industrializada e as barraquinhas à porta dos estádios...
Meu Caro Çamorano:
Cumpri a instrução como cadete, a esmagadora maioria do serviço efectivo como aspirante e os dez dias finais como alferes. Creio que, uma vez passado à reserva, terei, como é de norma sido promovido a tenente. E dizem-me que, se houver guerra - longe vá o agouro -, me mandarão fazer um curso à pressa, para nela intervir como capitão. Em Setembro de 2005, julgo, publiquei aqui uma fotografia da minha estadia no Quartel-General RMS em Évora.
Beijinhos e abraço.
At 8:53 PM, Anonymous said…
¡A sus ordenes, Mi Teniente.....!
At 8:55 PM, Anonymous said…
Sabias medidas de higiene alimentaria de Paulo: lamentable episodio del aceite de colza desnaturalizado en la España de 1981........
At 9:26 PM, Anonymous said…
Parafraseando el titulo de una pelicula española de los años 70 (Lo verde empieza en los Pirineos), se podría decir: Lo sabroso comienza en Vilar Formoso.....(p.ej. Casa Oliveira)
At 9:00 AM, Paulo Cunha Porto said…
Mas, Caro Çamorano:
A Cozinha espanhola é magnífica. E à base do anti-cancerígeno azeite, nada de óleos aldrabados.
Abraço.
Post a Comment
<< Home