A Declaração de Guerra
Continua a histeria por entre alguns meios Muçulmanos, com quadros superiores do organismo governamental que tutela os cultos, na Turquia, a pedirem que o Papa seja preso(!), quando visitar, proximamente, o País. Vem isto demonstrar que, mesmo no funcionalismo estatal, quanto mais no grosso da população, a capa da moderação dada pelo Chefe de Governo é só para militar e União Europeia verem. E é isto que querem introduzir na integração do nosso Continente, com a livre circulação de não se sabe quantos milhões de fanáticos que do Ocidente só prezam os euros?
Bem viu o Cardeal Australiano Pell, Arcebispo de Sidney, dizendo com a Sua Autoridade o que muitos de nós temos defendido na blogosfera: que as reacções ao discurso papal provam a razão de ser das palavras que geraram a polémica, no que toca a muitos, que não a todos os Muçulmanos. E não devemos embarcar na pele de cordeiro exibida diante das câmaras de televisão pelo Ayatollah Ali Khamenei, o Guia Espiritual de um regime que pune com a morte o sexo entre uma islâmica e um qualquer membro de outra religião. A morte dele, portanto não se metam os meus Leitores em aventuras.
E para completar o ramalhete a Al-Qaeda do Iraque diz ter entrado(!) na guerra total contra os «Adoradores da Cruz». Querem saber onde admitem parar esses Senhores? Aqui, só aqui. Qualquer Católico que me leia não tem outra hipótese senão reconhecer que está em beligerância contra ESTES SECTÁRIOS DO ISLÃO, ou então converterem-se ao banimento do vinho e do porco. As maiúsculas são uma tentativa de que não digam que viso o Maometanismo na totalidade e de não ter de, como Sua Santidade, de ficar muito entristecido pelo facto de as minhas palavras serem mal interpretadas.
Bem viu o Cardeal Australiano Pell, Arcebispo de Sidney, dizendo com a Sua Autoridade o que muitos de nós temos defendido na blogosfera: que as reacções ao discurso papal provam a razão de ser das palavras que geraram a polémica, no que toca a muitos, que não a todos os Muçulmanos. E não devemos embarcar na pele de cordeiro exibida diante das câmaras de televisão pelo Ayatollah Ali Khamenei, o Guia Espiritual de um regime que pune com a morte o sexo entre uma islâmica e um qualquer membro de outra religião. A morte dele, portanto não se metam os meus Leitores em aventuras.
E para completar o ramalhete a Al-Qaeda do Iraque diz ter entrado(!) na guerra total contra os «Adoradores da Cruz». Querem saber onde admitem parar esses Senhores? Aqui, só aqui. Qualquer Católico que me leia não tem outra hipótese senão reconhecer que está em beligerância contra ESTES SECTÁRIOS DO ISLÃO, ou então converterem-se ao banimento do vinho e do porco. As maiúsculas são uma tentativa de que não digam que viso o Maometanismo na totalidade e de não ter de, como Sua Santidade, de ficar muito entristecido pelo facto de as minhas palavras serem mal interpretadas.
19 Comments:
At 6:57 PM, Paulo Cunha Porto said…
Mas esse era justamente o cerne das palavras papais que têm sido desvirtuadas: chamar a atenção para a ausência de valor e validade de uma conversão forçada pela violência. Mas as luminárias que O criticam e os islamistas mais assanhados querem lá saber!
Ab.
At 8:37 PM, zazie said…
Viva Paulo,
Venho cá pedir-te uma ajuda numa dúvida. Como sei que és um pocinho de informação e saber talvez consigas esclarecer-me.
Para introdução e para que não haja má fé. Sem estar a colocar em causa a citação do papa em que se destaca esta passagem: “Mostra-me pois o que Maomé trouxe de novo. E não encontrarás senão coisas más e desumanas, como o direito de defender pela espada a Fé que prega” gostava de saber se tens conhecimento de no passado recente outro Papa ter confrontado assim o fundador de uma religião oposta.
Para não haver mesmo equívocos, e como já expliquei em comentários no Cocanha, não estou a reduzir o discurso do Papa a isto nem a negar o sentido dela e muito menos no contexto e local em que foi proferido o longo texto. Apenas gostava de saber se existem outros exemplos.
Confrontos e críticas bem duras aos representantes terrenos delas (de outras religiões) ou actuações sociais, sei que houve, o que não me lembro – nos tempos recentes- é de se ter usado uma citação que vai directamente ao fundador da própria religião. Neste caso Maomé e únicas coisas más que o maometismo trouxe, com o direito de as defenderem pela espada.
Digo isto, pois é possível que tenham existido mas como as coisas estavam menos mediatizadas terem ficado pelo papel e passado ao lado. Mas gostava de tirar a dúvida
Thanks
Beijocas
At 8:41 PM, zazie said…
Creio que percebeste que não estou a fazer a exegese do texto. Mas estou a pegar nas palavras que eles pegaram.
E gostava mesmo de saber se existiram outras exegeses, feitas por outros Papas recentes, em que o sentido fosse idêntico e não se tenha falado nelas.
At 8:56 PM, Paulo Cunha Porto said…
Querida Zazie:
E as palavras de demarcação que precederam as que citaste não contam?
O Vasco Graça Moura, hoje, no DN dá-as.
Beijocas.
At 9:52 PM, zazie said…
Paulo,
Como temia não percebeste a minha pergunta. Eu não estou a fazer a leitura do discurso. Eu apenas peguei nestas palavras e não contei com as que vinham antes porque foi nestas palavras que se centrou tudo.
Vamos a ver se consigo fazer a pergunta de forma mais clara.
Imagina que estamos a tratar de questões matemáticas ou de interesses lógicos de ordem matemática.
O que eu queria saber- à letra, e esquece o que vem antes (que para a minha dúvida não conta) é se, nos tempos mais recentes (porque no passado sei eu que sim!) algum Papa alguma vez colocou em causa o fundador de uma religião como esta citação coloca.
Assim, à letra. Já sei que se não me entendes e te agarras a uma suposta ideia que eu estou a colocar em causa o sentido do discurso, não me respondes como eu gostava.
Eu tenho mesmo curiosidade em saber se isto foi feito por outro Papa. As variantes podem ser outras mas a questão que desconheço é se, nas diversas demarcações de fés e crenças, alguma vez um Papa moderno (insisto neste aspecto porque se fosse renascentista sabia que sim) fez um discurso com citação ou sem citação, para o caso é secundário onde afirmasse que outra religião não tinha trazido mais do que coisas más e a sua defesa pela violência.
Quando digo outra religião também me queria centrar nas do livro. Suponho que em relação a seitas e práticas de seitas os exemplos abundem.
Como também não queria sair deste ponto- a crítica ao fundador da religão, coloco fora de questão todas as críticas a figuras políticas ou sociais coevas. Apenas os fundamentos.
Se não perceberes ou não te agradar, esquece. Mas se me informasses ficava agradecida.
Porque eu não estou a par das comunicações dos Papas e até achava piada se existissem muitas outras que dissessem coisas idênticas e das quais nunca se tenha falado.
É pura curiosidade desta minha cabecinha com excesso de lógica e zero de poesia em muita coisa.
Beijocas
At 9:57 PM, zazie said…
vou salientar a parte que importa:
algum Papa alguma vez colocou em causa o fundador de uma religião como esta citação coloca.
Ou seja, digo que o Papa colocou em causa. Digo que esta frase, assim solta, coloca.
E gostava de saber se outro Papa usou alguma outra citação idêntica ou ele mesmo colocou em causa um fundador de outra religião.
Isto é mesmo matemático. Porque tenho verdadeira curiosidade.
At 9:59 PM, zazie said…
errata: ou seja, não digo que o Papa colocou em causa.Digo que a frase coloca. Assim, sem mais
At 10:18 PM, zazie said…
já agora e isto é que é um aparte, também li o discurso do Papa como li muita coisa dos Paleologos e o Vasco Graça Moura que vá dar uma curva. Aquela leitura que ele faz do que o Papa disse é tão maluqinha como as que os outros fizeram. Estava nada a criticar o Paleologo. Chamou rudeza surpreendente qeu nos espanta- por questão de estilo!
isto não é crítica ao sentido da pergunta do Paleologo. Era só o que faltava termos um Papa frouxo que ainda ia criticar um Paleologo num debate com um Persa quando os turcos estavam prestes a tomar Constantinopla.
Mas não era o sentido do discurso era mesmo a afirmação solta. Os fundamentos de uma religião colocados em causa.
Coisa nada de muito especial dentro das críticas qeu a Igreja sempre fez aos seus próprios servidores quando se afastam da ortodoxia. E coisa nada de especial sempre que se demarcaram os fundamentos da igreja Católica das práticas mágicas ou apóstatas ou heréticas.
Mas faltam-me paralelos que gostava de saber se existem
At 8:08 AM, Paulo Cunha Porto said…
Querida Zazie:
Pode-se acreditar na falta de inocência da citação, como em tudo. No primeiro "post" que escrevi sobre o tema, assumi iclusivé que o Papa teria identificado na própria vida do Profeta as sementes da viol~encia que frutificariam em interpretações mais extremas dela.
Quanto ao que me perguntas, tenho uma ideia algo esbatida, mas creio que as críticas mais acesas teriam sido dirigidas ao calvinismo e a seitas pretendidamente cristãs, apesar da moda ecuménica. Mas claro que o perigo aguça o engenho e orienta as defesas.
Beijinhos.
At 3:06 PM, zazie said…
Obrigada Paulo,
Também perguntei ao Timshel e ele não sabe.
Eu, em matéria religiosa, ainda vou na Idade Média. Nessa altura sei que era perfeitamente natural afirmar-se a superioridade de uma religião sobre as outras. Na sé de Lisboa era mesmo a forma de se juntarem os representantes das religiões do Livro e passarem dias neste tipo de debates teóricos.
Hoje, dá-me ideia que o único teórico é o Papa. Os outros estão muito mais ocidentalizados do que dizem- são filhos da grande caixa que mudou o mundo.
E os Vascos Graças Mouras, com manigâncias linguísticas, a única coisa que demonstram é que também sofrem do outro mal do presente: o politicamente correcto
";O))
beijocas
At 3:31 PM, zazie said…
Só outra nota, caso também não se tenha percebido:
Politicamente sou contra o intervencionismo e totalmente anti-bush e companhias sionistas, mas isso é algo totalmente diferente do que possa pensar acerca da Igreja Católica.
Gosto muito do Ratzinguer!
(deve ser efeitos da tal costela conservadora. Por isso é que também me agradou muito a inteligência da diplomacia na justificação do que disse).
At 9:49 PM, Paulo Cunha Porto said…
Querida Zazie:
Mas quem, senão os radicais do Islão, afirma superioridades de religiões sobre outras, ao ponto de exultar com conversões forçadas?
Ler um texto todo, agora, chama-se «manigância linguística»?
E quanto ao "politicamente correcto", não estará muito mais em fazer um ar circunspecto e dizer que o Papa deveria ter-se abstido de falar noutras religiões?
O VGM é tudo menos PC. Até defende a pena de morte...
Ui! vou andar a vida inteira a pedir-Te desculpa por esta caneladinha!
Beijocas.
At 2:42 AM, zazie said…
esquece Paulo.A manigância não está na leitura do texto e ainda não compreendeste que eu, não só entendi o texto, como entendi o Papa.
Quem não entende nunca nada é o VGM e andou com manigâncias a querer provar o que não é necessário.
Que naquela frase, o facto do Papa ter salientado a rudeza do Paleologo (enquadrando-a na época- essa era a forma franca destas coisas serem ditas) quiz com isto retirar o sentido à afirmação do Paleologo.
Está errado. Não sei se conheces as deliberações do Concílio mas a principal questão foi mesmo esta união com as igrejas gregas na luta contra o islão.
Bastava ao VGM ter explicado que a passagem se enquadrava na finalidade do texto do Papa onde a questão principal não se prendia com um ataque à fé islâmica nem à sua existência mas à defesa da razão na expansão da fé.
O VGM por acaso até disse mais bacoradas mas nem vale a pena perder tempo com elas.
Se uma pessoa fosse atrás do Vasco à procura de passagens dos textos sagrados onde aparece violência e intolerância contra as outras, nem precisava de sair do Antigo Testamento.
beijinhos
At 2:55 AM, zazie said…
Para ficar mais claro, aqui fica a passagem do VGM a que chamei manigância e a explicação de o ter feito. Escreve ele:
“o imperador [Manuel II, abordando o tema da jihad], com uma rudeza bem surpreendente e que nos espanta, dirige-se ao seu interlocutor
e mais à frente outro itálico: O imperador, depois de se ter pronunciado de maneira tão pouco amena (...)."
Das passagens que pus em itálico, vê-se que não houve, da parte do Papa, qualquer imprudência, leviandade, inconsideração ou intuito ofensivo fosse do que fosse ou fosse de quem fosse. O seu comentário incluía a crítica das próprias expressões utlizadas pelo Basileus.”
É manigância chamar à caracterização “rudeza surpreendente e que nos espanta” e “pouco amena”, críticas às expressões utilizadas pelo Paleólogo. Porque as expressões foram que a a religão de Maomé mais nada trouxera a não ser coisas más a serem impostas pela espada.
O Papa na alocução fez o que qualquer intelectual faria no seu lugar: mostrou como na época esta rudeza era assim e hoje é que nos espanta.
E por isso também disse que foi uma forma pouco amena. Ou seja, caracterizou o estilo e não o conteúdo.
Fica entendido agora porque lhe chamei manigância. Se quisesse criticar o conteúdo então nem precisava de citar a passagem da religião que não trouxe nada de bom. Não ia apenas à forma como ela foi dito. É básico de depreender.
E fez bem. Não tinha de limitar o raciocínio por este detalhe. Quem se sentiu na obrigação de branquear este detalhe foi o VGM. Por isso lhe chamei politicamente correcto.
beijoca e não te zangues senão suicido-me
":O))))
At 8:40 AM, Paulo Cunha Porto said…
Querida Zazie:
Qual zangar-me!
Continuo a achar que a frase em que o VGM pega é uma demarcação que vai muito para além do estilo, ao menos para uma natureza delicada, sem embargo de considerar o potencial de perigo contido na Fundação do Islão, como legitimação para a maldade que hoje grassa em certos tributários dele, ao contrário do Cristianismo, que não tem, presentemente, elementos de terror relevantes para além da esquadra da esquina.
Mas creio que os meus dois "posts", este e o que escrevi a quente dão uma interpretação só abaixo da autêntica que Sua Santidade possa fazer.
Claro que no Antigo Testamento há, como no Islão, um conteúdo de esmagamento do Homem. Por isso é que foi corrigido, na nossa Fé, pela Mensagem Evangélica.
Beijocas.
At 7:06 PM, zazie said…
mas eu gostei muitos dos teus postes.
E nem sei o que preciso de dizer mais para que se entenda que considero o Papa um portento, como lhe chamou o meu amigo José.
O meu problema é escrever com os pés e nunca conseguir fazer-me entender.
O que tudo isto me faz pensar é na enorme confusão que no Ocidente existe em relação à missão do Papa (como entidade suprema de uma religião) e à actuação política.
Creio que poucas pessoas as diferenciam e é à custa disso que uns criticam o Papa como se ele fosse um qualquer chefe de Estado laico e outros querem tresler o que é do domínio religioso e filosófico para a prática laica de quaisquer outros chefes de estado
";O)
Se calhar é por isso que ainda me dá vontade de rir quando penso na frase do Dragão: "o Papa tem o rebanho trocado"
E é claro que se eu não achasse que a Religião Católica é a mais completa e a mais rica, mais importante e até humana (o zen pode ser giro mas é muito parado e egoísta) não tinha simpatia por ela e aderia a outra.
At 7:18 PM, zazie said…
o problema nem o Cristianismo não ter elementos de terror. Felizmente que não tem. Mas duvido que tenha fiéis à altura do Papa.
Por isso é que tanto gosto do Raztinguer. Nem sei bem explicar a coisa mas parece-em que este Papa representa mesmo a síntese de tudo o que desde sempre me atrariu na Igreja Católica.
Há anos que sonhava com uma figura assim. E nos nossos dias, com tanto católico a espatifar o catolicismo e a querer fazer dele uma qualquer variação evangélica, ou mesmo seita libertária laica, sinto-me menos só nas minhas fantasias culturais e religiosas.
Digo fantasias, para ser honesta. Sou um caso perdido em matéria de verdadeira fé.
Mas mesmo sem essa fé que tanto católico tem, não quero adiantar o relógio à dissolução do Vaticano ou à identidade histórica dos povos que ainda se revêem nessa tradição.
Infelizmente, para o meu modo de ver, há quem pense que estas coisas são apenas do âmbito da espiritualidade de cada um.
Não penso assim. Por isso é que desconfio tanto do "pé de igualdade com tudo" do dito laicismo que na maior parte dos casos são apagamentos de memórias e trocas por esvaziamentos espirituais, quando não são mesmo transformações de igrejas em super-mercados, pubs e café. À letra.
At 7:20 PM, zazie said…
esquecia-me das beijocas
At 2:55 PM, Paulo Cunha Porto said…
Querida Zazie:
Pois, acredito que o Ex-Cardeal Ratzinger bTe agrade pelo apelo à erudição, já que a Fé está, um pouco, em férias. Eu lembro-me de aqui teres dito que a Tua relação com a Igreja era um tanto «"soft"».
Mas não creias que a caminhada para o afastamento da Tradição Católica seja apenas uma questão de velocidade e irreversível. Com o núcleo notável que a Reacção está a formar na blogosfera, o Céu é, verdadeiramente, o limite.
Beijocas.
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