A História Imaginada
Nesta impressionista mistura que age sobre os meus miolos, imaginando abusivamente que os tenha, não consegui deixar de ligar uma observação do Carlos Portugal ao que televi ontem no concurso «Herança», assim creio que se chama. Estava-se na dúvida sobre que Presidente Americano, Kennedy ou Nixon, teria sido o autor da frase «a Humanidade tem de acabar com a Guerra, ou a Guerra acabará com a Humanidade». A concorrente não fazia ideia. E o apresentador, José Carlos Malato, lá ia conduzindo, da seguinte forma: «Pense bem na personalidade dos dois. Qual acha mais provável como autor da frase?» . Era de Kennedy, como se sabe. Mas a ajuda provinha toda da simpatia oficial difundida, ignorando - e creio que nem dolosamente - que JFK foi quem meteu os EUA no Vietname e o homem do Watergate, entretanto também chamado à baila como "pista", foi quem os tirou dela.
A ignorância também pode ser irónica.
5 Comments:
At 2:20 PM, Anonymous said…
O Malato não é da TV? É assimilação da verdade por osmose.
At 4:24 PM, Anonymous said…
Paulo, não me diga que não era essencial o combate ao comunismo numa zona sensível como a Indochina??
At 6:33 PM, Paulo Cunha Porto said…
Pois é, tem toda a razão, Caro Bic Laranja há contiguidades insuspeitadas que geram fusões destas.
Meu Caro Anatólio:
Não fiz qualquer valoração sobre a intervenção americana, que, no entanto deu os resultados conhecidos. Referia apenas a autoria.
Meu Caro Conde:
É que nem creio que tenha sido intencional, mas mero cavalgar das imagens dadas a comer para tirar conclusões que nem elas se atreveram a sugerir.
Hajapachorra (muita): penso que foi o Comentador que enveredou por aí. Johnson prosseguiu o que Kennedy começara, da pior maneira aliás: sacrificando a católica família Diem para aguentar lá uns militares que não tinham apoio sustentável sem a presença americana. McNamara transitou de uma Administração para a outra.
Abraços a Todos.
At 8:38 PM, Anonymous said…
Os primeiros conselheiros militares foram mandados pelo Kennedy, efectivamente. Até há um filme pouco conhecido mas muito curioso passado nessa altura, "Avisem os Espartanos", com o Burt Lancaster.
At 8:53 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Eurico:
Nunca vi esse filme no cinema, visionei-o, pela primeira vez, há uns dois anos no Hollywood. E nem era mau de todo.
Foi um erro trágico de um homem muito superficial, que vivia das palavras bonitas. E Johnson, claro, não tinha força para inflectir a política começada. Um Embaixador nosso, Themido, diz nas memórias que ele detinha uma certa competência nos manejos do Congresso, o que não admira, como "ex-leader" da maioria no Senado, mas que era completamente ignorante dos aspectos exteriores.
Abraço.
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