Insensibilidade Declarada
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Nicholas Ray, de quem também hoje se celebra o aniversário, é um realizador de cujos filmes a preto e branco gosto, bem como da epopeia das Potências contra quem levanta cabelo que é «55 DIAS EM PEQUIM». Mas sempre me deixou dois problemas: saber se a detecção, aliás credível, da sua bissexualidade na obra teria ocorrido com tal insistência se muitos dos perspicazes críticos não soubessem dela na vida. E, quanto a «JOHNNY GUITAR», uma fita que não creio mal feita mas de cujo actor masculino principal não gosto, a impossibilidade em conseguir acompanhar tudo o que João Bénard da Costa e muitos outros devotos vêem nele. Sempre suspeitei que o visionamento do conflito entre as duas mulheres correspondesse, nesses apaixonados espectadores, à libertação das pulsões de uma luta na lama elevada às proporções do drama decorrente da corda ao pescoço...
Nicholas Ray, de quem também hoje se celebra o aniversário, é um realizador de cujos filmes a preto e branco gosto, bem como da epopeia das Potências contra quem levanta cabelo que é «55 DIAS EM PEQUIM». Mas sempre me deixou dois problemas: saber se a detecção, aliás credível, da sua bissexualidade na obra teria ocorrido com tal insistência se muitos dos perspicazes críticos não soubessem dela na vida. E, quanto a «JOHNNY GUITAR», uma fita que não creio mal feita mas de cujo actor masculino principal não gosto, a impossibilidade em conseguir acompanhar tudo o que João Bénard da Costa e muitos outros devotos vêem nele. Sempre suspeitei que o visionamento do conflito entre as duas mulheres correspondesse, nesses apaixonados espectadores, à libertação das pulsões de uma luta na lama elevada às proporções do drama decorrente da corda ao pescoço...
7 Comments:
At 12:30 AM, Anonymous said…
Filme sobrevalorizadíssimo, por culpa do «ayatollah» Bénard.
At 8:21 AM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Visconde:
Sinceramente, nunca o consegui ver como tal. Longe de ser um filme mau, vejo-o como dúzias de outros a que não se sonha dar tqal lugar de excepção.
Meu Caro Eurico:
É essa a minha ideia. E, como sabe, eu tenho opinião positiva sobre esse "imã da Cinemateca". Mas por muito que arregale os olhos, tentando descobrir os mundos que ele e outros vêem na fita, a opacidade não arreda um milímetro.
Abraços a Ambos.
At 2:53 PM, zazie said…
ahahaha ora até que enfim que alguém escreve o que eu também penso. Como o EB disse, é um filme sobrevalorizadíssimo. E ele próprio um realizador também com cotação bem acima do mérito
bjs
(agora só te faltava dizer o mesmo do Casablanca para cair mais um mito)
":O))
At 10:04 PM, Anonymous said…
Meu caro Porto, você não sabe nem da missa a metade, e do ambiente que reina lá dentro. É que nem imagina...
At 10:05 PM, Anonymous said…
Cara Zazie, acho o "Casablanca" outro "bluff", sempre achei.
At 10:07 PM, Paulo Cunha Porto said…
Querida Zazie:
Desse eu gosto. Mas o caso é um bocadinho diferente, porque do respectivo realizador é bem dizer mal, dando o filme como milagre, o que é injusto. Ele realizou óptimos filmes de aventuras, apesar de, segundo David Niven, falar o pior inglês de Hollywood.
Beijocas.
At 10:08 PM, Paulo Cunha Porto said…
Já sei que o Eurico é muito crítico da Figura.
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