A Insanidade das Democracias
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Nunca perdoaram a Knut Hamsun que, tendo sido laureado com o Prémio Nobel, pudesse gostar demasiado da cultura alemã e de Hitler, pronunciando-se a favor de Quisling, na Noruega. Em ambos os casos, a minha opinião é que foram escolhas infelizes e nem tenho admiração por aí além pela obra do Escritor, de que os sintomas da «FOME», com descrições pseudo-naturalísticas, são exemplo. Mas nada permite a um regime que censura - e bem - os totalitarismos Comunista e Nacional-Socialista por reduzirem dissidências a casos de saúde mental, fazer o mesmo a um romancista, por não gostar da Democracia, submetendo-o, inclusivamente, a electrochoques.
Ao fazê-lo, o demo-liberalismo triunfante relembrou a face totalitária do Terror com que se guindou ao poder.
Por que me lembrei disto?
Ah, é que Hamsun nasceu a 4 de Agosto.
5 Comments:
At 10:35 PM, Nuno Adão said…
Os democratas são assim mesmo,não gostam nada dos não democratas, provavelmente, por terem sido eles mesmos no passado recente, outra coisa...
Cumprimentos
At 9:27 AM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Thoth: é bem verdade, ou... revelando a sua própria essência, hoje um pouco camuflada. Nada, em nenhum regime, justifica a superlativa falta de respeito que é considerar o Indivíduo mentalmente incapaz, por não alinhar politicamente. E a ministração de "tratamento" doloroso tresanda a vingança soez.
Abraço.
At 3:34 PM, Anonymous said…
"Os democratas são assim mesmo,não gostam nada dos não democratas, provavelmente, por terem sido eles mesmos no passado recente, outra coisa..."
Fascistas? Ou comunas?
At 3:35 PM, Anonymous said…
Sr. Paulo, se está a tentar relativizar a suposta superioridade moral da democracia, faz muito bem. As pessoas devem ser alertadas, para que os esforços no sentido de conduzir o conflito político por meios não violentos continuem, e essa é a essência da democracia.
At 7:52 PM, Paulo Cunha Porto said…
Caro Anónimo, nem vale a pena assimilá-los aos filhos revoltados que produziram. Demo-liberal é suficientemente infamante.
Caro Anónimo 2:
Corte o «sr». O que procurei fazer foi mostrar como as partidocracias - a que não reconheço qualquer superioridade moral - usam os meios mais descabelados para controlar as mentes adversas, por processos que condenam nos outros, mas que encontram como justificados quando por si praticados.
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