Clinton, Não Cleenton
Neste dia, em 1998, o então presidente norte-americano, William J. Clinton confessou ao Mundo o que antes tinha negado, «uma relação imprópria com a estagiária Miss Lewinsky, dando razão aos que uiseram investigar o Monicagate, expressão tanto mais ilustrativa quanto se atente, preferencialmente, no significado da palavra formada pela segunda parte da expressão remissiva para a base da demissão de Nixon. Uma vez votado pela Câmara o impeachment, pelos Republicanos, mas, igualmente, por dezenas de Democratas, o julgamento no Senado ficou longe da maioria qualificada requerida para a condenação, com todos os Democratas e meia-dúzia de Republicanos votando contra. Nem interessa aqui relembrar a pequenez das mentirolas e das fugas para literalidades jurídicas, o «sexo oral não é sexo». O que quero sublinhar é a reacção sempre dúbia que o Povo Americano teve para com ele: em 1994 tiraram, pela primeira vez desde os anos 1950´s, a maioria aos Democratas, na Câmara Baixa do Congresso, situação que persiste. Mas reelegeram-no em 1996; e as sondagens davam os seus compatriotas desaprovando a actuação dele e confessando vergonha por ela, mas opondo-se à condenação. Quem pagou o pato foi o Vice-Presidente/candidato Al Gore. Com uma conjuntura económica favorabilíssima, não conseguiu fazer valer o facto contra um governador texano pouco experiente. Apanhou por tabela a rejeição comportamental do patrão, pois se ninguém via Bush a ter uma Monica qualquer a agitar as águas, a mesmíssima coisa se poderia dizer de Gore... pagou o justo pelo pecador.
O Senador de New Jersey Robert Torriceli, acusado de perjúrio e obstrução à justiça numa questão de dinheiros, mostrou-se confiante na ultrapassagem do problema, «porque Bill Clinton teve problemas muito maiores com as declarações à Justiça, mas livrou-se deles». Ao que o assessor respondeu: é diferente, Bob, as pessoas gostam de Clinton». Teve de desistir da reeleição.
A relação entre aquele Político e aquele Povo foi dominada pela infantilidade, de parte a parte: De um, o «não fiz», correspondente ao "não fui eu" de qualquer miúdo. Dos outros, a recusa de responsabilização.
O Senador de New Jersey Robert Torriceli, acusado de perjúrio e obstrução à justiça numa questão de dinheiros, mostrou-se confiante na ultrapassagem do problema, «porque Bill Clinton teve problemas muito maiores com as declarações à Justiça, mas livrou-se deles». Ao que o assessor respondeu: é diferente, Bob, as pessoas gostam de Clinton». Teve de desistir da reeleição.
A relação entre aquele Político e aquele Povo foi dominada pela infantilidade, de parte a parte: De um, o «não fiz», correspondente ao "não fui eu" de qualquer miúdo. Dos outros, a recusa de responsabilização.
3 Comments:
At 12:18 AM, Anonymous said…
Se sexo oral não é sexo então oral é aposto do quê?
Cumpts.
At 8:32 AM, Paulo Cunha Porto said…
Pode começar, Caro Visconde, por colocar anúncios de admissão de estagiárias...
Meu Caro Bic Laranja:
Eu sei cá! Profissionalismo? Ai! Jogo? Ui! Entretenimento? De mal a pior!
Abraços a Ambos.
At 9:43 AM, Anonymous said…
Comparar obstrução à justiça e perjúrio e adultério?
Talvez...
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