Re(ve)lações Vitais
Um sujeitinho opinador até ao exagero como o misantropo sente-se como que em palpos de aranha quando anda pelos caminhos das opções de manter artificialmente a vida humana, ou de desligar a máquina. O fenómeno da recuperação de consciência por Terry Wallis, após coma de 19 anos, com auto-regeneração de partes do cérebro que surpreenderam a mais avançada ciência parece, no entanto, vir dar razão aos que clamam que, sendo o mais actualizado conhecimento científico, ainda e sempre, provisório e tantas vezes desmentido pela imensidão do correlato desconhecimento, é moralmente insustentável a decisão, em nome de outrem, no sentido de lhe terminar a existência.
4 Comments:
At 10:32 AM, Anonymous said…
Para quem acredita, como eu, que a vida, as sucessivas vidas, visam um aperfeiçoamento contínuo do indivíduo, acertando-se o Deve e o Haver, se não nesta, numa vida próxima, faz todo o sentido deixar o assunto nas mãos de Deus. O livre arbítrio está na origem de muitos erros, mas não pode ser de outro modo: é a cair e a levantar que aprendemos a andar. De quando em vez, como no caso, aparecem luzes a iluminar-nos o caminho: o coma não era a morte cerebral, mas um adormecimento enquanto decorria a reparação. Nós, os atentos, vamos aprendendo com estes sinais.
At 10:41 AM, Paulo Cunha Porto said…
Ousemos esperar que a aprendizagem que tão bem refere seja alargada a muito mais gente e não por ela obstaculizada.
Bem haja.
At 8:10 PM, Anonymous said…
Como se fosse possivel chocarem a ponta de dois alfinetes. Obstáculos.
Precisamente.
At 9:34 PM, Paulo Cunha Porto said…
Infelizmente.
Que fazer?
Falar, falar, argumentar.
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