O optimismo é uma preguiça do espírito. E. Herriot
Sunday, June 18, 2006
Poluição Referendária
Não sou como os leaders da UE: votou-se, está votado. Mas não posso deixar de temer que, por via do ultracatalanismo, a atmosfera dos nossos Vizinhos se torne irrespirável. Por isso aqui deixo o meu lamento - POBRE ESPANHA! .
Pode ser o começo da grande desintegração espanhola, a caminho de qualquer coisa nova, que, para uns, será o tal conjunto federativo de repúblicas, mais ou menos independentes, para outros, um insanável problema político que ressuscita os antigos fantasmas do tempo da Guerra Civil. Bastará hoje o resseguro colectivo de Bruxelas para exorcizar os velhos fantasmas ?
Meu Caro Zé do Telhado: É bem verdade. Ainda é cedo para avaliar que tempestades desencadeará esta alteração, mas o potencial está, todinho, lá.
Meu Caro António Viriato: Esse é um problema fulcral: Os partidários do "Sim" contam muito com a aproximação a Bruxelas para se distanciarem de Madrid, o que é curioso, se considerarmos a História Espanhola do Seculo XVII, por exemplo. A questão é a cobertura que os orgãos da UE lhes darão. Suspeito de que se sintam defraudados: a Catalunha é incomparávelmente mais rica e menos necessitada do que regiões dentro da União ou prestes a aderir a ela; e Madrid tem voto nos Conselhos Europeu e de Ministros, o que é difícil imaginar ser atribuído a Barcelona... E claro que o estigma da Guerra paira sempre. Abraços a Ambos.
Tanto mais, meu Caro TSantos, que não haverá, com toda a probabilidade, um Estadista da craveira Do de outrora, capaz de apoiar o Lado anti-fragmentação e anti-instabilidade atomizante, com a prudência de se não deixar enlear demasiado no conflito. Abraço.
9 Comments:
At 9:40 PM, Anonymous said…
Parafraseando al gran Ruben Darío: ¡Pobre España, tan lejos de Dios y tan enemistada con los USA...!
At 9:48 PM, Paulo Cunha Porto said…
É uma grande frase, embora não A pusesse longe de Deus, salvo o Presidente do Governo, claro.
Abraço.
At 10:34 PM, Ze do Telhado said…
Pobre Espanha, sim sr... Começam assim as grandes crises europeias...
At 1:53 AM, António Viriato said…
Pode ser o começo da grande desintegração espanhola, a caminho de qualquer coisa nova, que, para uns, será o tal conjunto federativo de repúblicas, mais ou menos independentes, para outros, um insanável problema político que ressuscita os antigos fantasmas do tempo da Guerra Civil. Bastará hoje o resseguro colectivo de Bruxelas para exorcizar os velhos fantasmas ?
At 9:34 AM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Zé do Telhado:
É bem verdade. Ainda é cedo para avaliar que tempestades desencadeará esta alteração, mas o potencial está, todinho, lá.
Meu Caro António Viriato:
Esse é um problema fulcral:
Os partidários do "Sim" contam muito com a aproximação a Bruxelas para se distanciarem de Madrid, o que é curioso, se considerarmos a História Espanhola do Seculo XVII, por exemplo. A questão é a cobertura que os orgãos da UE lhes darão. Suspeito de que se sintam defraudados: a Catalunha é incomparávelmente mais rica e menos necessitada do que regiões dentro da União ou prestes a aderir a ela; e Madrid tem voto nos Conselhos Europeu e de Ministros, o que é difícil imaginar ser atribuído a Barcelona...
E claro que o estigma da Guerra paira sempre.
Abraços a Ambos.
At 12:43 PM, Anonymous said…
E, se for realmente o princípio da grande desintegração espanhola, ainda há-de sobrar
para este "jardim à beira-mar plantado"...
At 7:03 PM, Paulo Cunha Porto said…
Tanto mais, meu Caro TSantos, que não haverá, com toda a probabilidade, um Estadista da craveira Do de outrora, capaz de apoiar o Lado anti-fragmentação e anti-instabilidade atomizante, com a prudência de se não deixar enlear demasiado no conflito.
Abraço.
At 9:55 PM, Anonymous said…
Lá se vai o iberismo. Cumpts.
At 10:00 PM, Paulo Cunha Porto said…
Cuidado, Caro Bic: o mais perigoso era sob forma federalista. Com a perturbação do equilíbrio dual podemos ficar mais indefesos...
Abraço.
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