Conflito de Lealdades
O «DN» hoje coloca a ênfase das preocupações que está a levantar a nomeação para director da CIA do General da Força Aérea Mike Hayden na lealdade que em que ele supostamente estaria viciado, face ao Chefe do Pentágono, Donald Rumsfeld, por se tratar de um militar. Quanto a mim, esta focagem falha completamente o alvo e não admira que o Conselheiro Nacional de Segurança se tenha atirado a ela com a alegação de o Director da Agência reportar directamente ao Presidente.
As oposições dominantes são de outras duas ordens e estão a crescer, mesmo entre os Republicanos. A primeira, brandida pelo Congressista Rogers, do Michigan, prende-se com o facto de o nomeado poder estar preso por laços, sim, mas ao Supervisor da Segurança Negroponte, o qual, para mais, de alguma forma medeia e, dizem as más línguas, modera, a responsabilidade directa perante a Casa Branca. Seria, assim, uma vitória total do ex-Embaixador no Iraque e na ONU, que teria posto o seu até agora braço direito no lugar de um homem com quem se não entendia, ficando, de facto, como regedor da Agência.
A segunda linha de angústias assenta no facto de o escolhido ter arquitectado um sistema de escutas aos suspeitos de participação terrorista, desenvolvido pela NSA, sem necessidade de mandado judicial. Ora, tudo o que mexe com direitos individuais desencadeia tempestades na União...
Para mais, estando a aguardar confirmação senatorial, nem desfrutará da cortesia=suavização dos membros do Comitê respectivo, ao contrário de Goss, que era um parlamentar, embora oriundo da Câmara Baixa. Mas que tinha no Senado muitos ex-colegas.
1 Comments:
At 8:46 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Espadachim:
concordo inteiramente que o facto de o General Hayden ter dirigido a NSA pode despertar as desconfianças decorrentes da rivalidade entre as agências.
Abraço.
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