O Zangado e Outros Anões
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Noticia o «CORREIO DA MANHû - e eu não me atrevo a duvidar - que o Eng. Sócrates ficou zangado com os seus deputados que se baldaram aos trabalhos da AR de Quarta-Feira, cotribuindo para uma nova acepção de "quorum", como "ideal distante". Mal cumprida a Quadra Pascal, apetece louvar as virtudes do arrependimento de quem foi um dos envolvidos no Sevilhagate, o qual levou uma excursão de parlamentares a comparecer a uma jornada europeia do Futebol Clube do Porto, com uma ligeira distorsão da finalidade do cargo para que lhes pagamos. Bem sei que, por uma vez, o Nonas e o Nelson Buíça acharão algumas causas de exclusão da ilicitude nesse passo da vida do PM, mas mesmo assim... apetece dizer que talvez nem seja Frei Tomás, que é tudo uma questão de posição, sob o puro signo da individualidade socrática: quando deve apoiar, entende como compreensível furtar-se à obrigação, atitude que acha intolerável naqueles em que se quer apoiado.
Mas há bastante pior. Um ex-presidente da Câmara de Lisboa cujo nome não quero recordar, afirma que as críticas aos deputados revelam «sinais de antiparlamentarismo». É a velha táctica de chamar fascista a quem censure aos políticos abrilinos o incumprimento de um dever. Este parlamentar justifica as suas muitas ausências com o facto de ser vereador em Sintra. Não se pode aceitar. Ao candidatar-se a um cargo tinha obrigação de verificar se podia exercê-lo, compatibilizando essa actividade com obrigações anteriores. E estaria sempre a tempo de renunciar a um deles, se visse tal não ser possível. Mas este é o mesmo indivíduo que só foi alguma pálida coisa na política por ser filho de um anterior líder que não é melhor do que ele, mas oportunista de maior sucesso. O mesmo que esqueceu as amizades e tentou catapultá-lo para uma lideraça que muito poucos desejaram. Lembra-me a velha frase de Mestre Maurras «o nepotismo é a contrafacção da hereditariedade». Onde numa não há escolha, mas sacrifício das opções pessoais em prol do interesse público, o outro revela escolher a afirmação de interesse pessoal sobre o geral, que residiria na ética. Mas o mesmo político poderia encontrar um exemplo no mesmíssimo médico que terá ido consultar na Quarta-Feira da Semana Santa. Um que trabalhou nesse dia pouco propício. Ao contrário dos seus colegas de bancada.
Noticia o «CORREIO DA MANHû - e eu não me atrevo a duvidar - que o Eng. Sócrates ficou zangado com os seus deputados que se baldaram aos trabalhos da AR de Quarta-Feira, cotribuindo para uma nova acepção de "quorum", como "ideal distante". Mal cumprida a Quadra Pascal, apetece louvar as virtudes do arrependimento de quem foi um dos envolvidos no Sevilhagate, o qual levou uma excursão de parlamentares a comparecer a uma jornada europeia do Futebol Clube do Porto, com uma ligeira distorsão da finalidade do cargo para que lhes pagamos. Bem sei que, por uma vez, o Nonas e o Nelson Buíça acharão algumas causas de exclusão da ilicitude nesse passo da vida do PM, mas mesmo assim... apetece dizer que talvez nem seja Frei Tomás, que é tudo uma questão de posição, sob o puro signo da individualidade socrática: quando deve apoiar, entende como compreensível furtar-se à obrigação, atitude que acha intolerável naqueles em que se quer apoiado.
Mas há bastante pior. Um ex-presidente da Câmara de Lisboa cujo nome não quero recordar, afirma que as críticas aos deputados revelam «sinais de antiparlamentarismo». É a velha táctica de chamar fascista a quem censure aos políticos abrilinos o incumprimento de um dever. Este parlamentar justifica as suas muitas ausências com o facto de ser vereador em Sintra. Não se pode aceitar. Ao candidatar-se a um cargo tinha obrigação de verificar se podia exercê-lo, compatibilizando essa actividade com obrigações anteriores. E estaria sempre a tempo de renunciar a um deles, se visse tal não ser possível. Mas este é o mesmo indivíduo que só foi alguma pálida coisa na política por ser filho de um anterior líder que não é melhor do que ele, mas oportunista de maior sucesso. O mesmo que esqueceu as amizades e tentou catapultá-lo para uma lideraça que muito poucos desejaram. Lembra-me a velha frase de Mestre Maurras «o nepotismo é a contrafacção da hereditariedade». Onde numa não há escolha, mas sacrifício das opções pessoais em prol do interesse público, o outro revela escolher a afirmação de interesse pessoal sobre o geral, que residiria na ética. Mas o mesmo político poderia encontrar um exemplo no mesmíssimo médico que terá ido consultar na Quarta-Feira da Semana Santa. Um que trabalhou nesse dia pouco propício. Ao contrário dos seus colegas de bancada.
1 Comments:
At 6:21 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Espadachim:
não esquçamos que por detrás da simpatia do retratista se esconde o que todos conhecemos.
Ab.
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