O Misantropo Enjaulado

O optimismo é uma preguiça do espírito. E. Herriot

Tuesday, March 21, 2006

Fluxos & Refluxos

Em declarações recolhidas pelo «DN», Mariano Rajoy afirma ser o delinear de uma "Política de Imigração Comum", na UE «mais importante do que a criação de «25 constituições europeias». Não se pode estar mais de acordo. A velha desculpa de que os imigrantes são necessários para financiamento da segurança social e para realização de trabalhos que os europeus não querem peca pela base: a de considerar todos os imigrantes iguais. Quando, pelo menos, num aspecto importantíssimo o não são. Há os que cá vêm ganhar a sua vida, com o fito de regressar aos seus Países. E há os que para cá querem transplantar a sua vida, para se verem livres dos seus Países. Os primeiros merecem abraços, protecção e respeito. Os últimos apresentam o grave problema de inundarem de descendentes problemáticos e sem vontade de trabalho ou de honestidade, em muitos casos. Precisamente o tipo de pessoas que recente legislação permitiu ascender mais facilmente ao estatuto nacional. Mesmo sabendo que este já não é coisa muito considerada pelos governos e pelo público, tem, pelo menos uma consequência nefasta - a impossibilidade de expulsão dos que infringirem, com gravidade, a lei. Que se adivinham muitos.

7 Comments:

  • At 12:52 PM, Anonymous Anonymous said…

    La inmigracion ilegal será el problema numero uno de Europa, a no tardar.....

     
  • At 1:27 PM, Blogger Flávio Santos said…

    É impressão minha ou noto uma certa mudança (para melhor) da tua opinião nesta matéria?...

     
  • At 1:28 PM, Blogger JSM said…

    Caro Paulo Cunha Porto
    Concordo com as suas considerações, mas elas não se podem aplicar a Portugal. E porquê?
    Que legitimidade tem este regime para obstaculizar a vinda de Timorenses, Cabo Verdianos, Angolanos, São Tomenses, etc, se depois de os considerar portugueses desde sempre, os abandonou à triste sorte de um País fictício e de uma independência inexistente?!
    Dir-se-à que alguns lutaram de armas na mão a favor de uma separação. Foram poucos e em menor número que os que cá dentro traíram compromissos e Acordos históricos! Simulanbuco, por exemplo.
    O que é difícil, e deveria ser feito por um País a sério, seria questionar fortemente os tiranetes que com a nossa cumplicidade se meteram a 'explorar' os ditos 'países'.
    Quanto ao Brasil, a questão é sempre mais simples e complicada ao mesmo tempo: "Podemos estar de mal com toda a gente, menos com o Brasil", disse o Rei D.Carlos e e todos concordamos.
    Isso porém não impede que punhamos 'os Lulas' na ordem. Ou então, seguir para a solução que venho preconizando: o Reino Unido de Portugal e Brasil.
    E esta, hein?!
    Um abraço.

     
  • At 6:54 PM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Meu Caro JSM:
    Claro que essa soluçãp seria a ideal, não estivesse o País Irmão tão marcado pelo domínio cultural norte-americano. Note-se que o que defendi não visa minimamente os naturais dos PALOP´s, eles preencherão ou não os critérios, como todos os outros. E a queixa, real, que possam ter dos "descolonizadores exemplares" deve ceder o passo a uma primeira linha do descontentamento, voltada contra os seus actuais dirigentes, que implementaram a luta contra um estado português multicontinental e multiracial.

    Caro Amigo de Espanha:
    Sê-lo-á e esperava que um de Vós tocasse no ponto em que as declarações de Rajoy ganham enorme dimensão: a necessidade de elaborar política comum, que impeça legislações mais permissivas de serem portas abertas de par em par aos indesejáveis, para todo o território da União.

    Meu Caro F.Santos:
    Nenhuma alteração, nem um átomo. Defendo o que sempre defendi: a não extensão facilitada aos filhos dos imigrantes do estatuto de Nacional, sobre o que polemiquei amigavelmente com o RAA, neste blogue, após o Arrastão. Mais, a não-relevância no julgamento e tratamento dos imigrados de factores diversos que os da sua conduta. Mas intransigência e rigor exemplares para os que se não saibam comportar. O que não aceito é aquilo que algumas Pessoas estimáveis defendem, a mobilização contra pessoas tranquilas, só porque acham excessivo o número delas, em função de qualquer critério classificativo diferente da acção das ditas. Seria como, tendo convidado para nossa casa alguém, o viéssemos a pôr fora a pontapé, sem que o hóspede tivesse violado minimamente as leis de convivência.
    Mas isso não implica que não tenhamos cuidado nos convites que fazemos. Não é muito racional, se a dona da casa tem jóias valiosas, trazer para jantar um cadastrado que várias vezes tenha assaltado joelherias... Da mesma forma deve-se assegurar que quem para cá vem visa trabalhar e não parasitar ou roubar, "maxime" matar.

     
  • At 7:42 PM, Anonymous Anonymous said…

    Amigo Paulo : ¿Darías la nacionalidad portuguesa a la señorita Lori Sardinha- Costa?

     
  • At 7:47 PM, Anonymous Anonymous said…

    Bem dito, Paulo! Nada de contemplações com arruaceiros e delinquentes, sob o pretexto de que são originários/moradores de bairros "problemáticos" o que os iliba automaticamente (a culpa é do sistema, claro...). Está na altura de começar a "chamar os bois pelos nomes" (passe a expressão) e enfrentar o pernicioso "politicamente correcto".

     
  • At 9:58 PM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Meu Caro TSantos:
    é o equilíbrio: nada de tratamentos de favor, nem hostilidades sem razão fáctica, no caso concreto.
    A Tua concordância dá-me a certeza de que estou no caminho certo.

    Ao Amigo de Espanha respondi em "post".
    Abraços a Ambos.

     

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