Da Ficção à Realidade
Embora negando e garantindo que se tratava de uma tentativa de
suicídio seguida de acidente, Tatjana Edwards foi condenada a prisão perpétua por matar o marido, cravando-lhe uma faca no estômago. Tratava-se de uma prostituta inglesa de origem estoniana que se reformara de uma carreira em que auferia 200 libras por sessão, para casar com um gentleman que a rodeara de romântico namoro, após um encontro profissional, e lhe pedira a mão, declarando ser dono de fortuna considerável, a quatro milhões montando.
Depois do enlace foram férias exóticas, remessas vultuosas para a família da convertida e contas astronómicas em cabeleireiro... mas nada que se assemelhasse à quadriga milionária, o que a terá decidido a vingar-se, até porque vinha mantendo uma extra-conjugalidade frequentada. Não posso deixar de perguntar-me sobre a medida em que o conto de fadas do filme «Pretty Woman», onde Julia Roberts dá corpo a uma colega da condenada e acaba feliz para sempre com o milionário sincero Richard Gere, poderá ter influído nas fantasias destes actores da vida real.
Mas a realidade é diferente da ficção. O assassinado não tinha motivo para crer neste amor. A realidade é diferente da ficção. A esfaqueadora não deveria ter acreditado nesta fortuna. A realidade é diferente da ficção. O trabalho de que Tatjana desistiu era muito mais bem pago do que o de Roberts. A realidade é diferente da ficção. No filme, a linda Julia não sabia que como usar facas, esta sabia-o bem demais. A realidade é diferente da ficção. Ah, para que não restem dúvidas, publico os retratos dos intervenientes num e noutro caso. A realidade é diferente da ficção.
suicídio seguida de acidente, Tatjana Edwards foi condenada a prisão perpétua por matar o marido, cravando-lhe uma faca no estômago. Tratava-se de uma prostituta inglesa de origem estoniana que se reformara de uma carreira em que auferia 200 libras por sessão, para casar com um gentleman que a rodeara de romântico namoro, após um encontro profissional, e lhe pedira a mão, declarando ser dono de fortuna considerável, a quatro milhões montando.
Depois do enlace foram férias exóticas, remessas vultuosas para a família da convertida e contas astronómicas em cabeleireiro... mas nada que se assemelhasse à quadriga milionária, o que a terá decidido a vingar-se, até porque vinha mantendo uma extra-conjugalidade frequentada. Não posso deixar de perguntar-me sobre a medida em que o conto de fadas do filme «Pretty Woman», onde Julia Roberts dá corpo a uma colega da condenada e acaba feliz para sempre com o milionário sincero Richard Gere, poderá ter influído nas fantasias destes actores da vida real.
Mas a realidade é diferente da ficção. O assassinado não tinha motivo para crer neste amor. A realidade é diferente da ficção. A esfaqueadora não deveria ter acreditado nesta fortuna. A realidade é diferente da ficção. O trabalho de que Tatjana desistiu era muito mais bem pago do que o de Roberts. A realidade é diferente da ficção. No filme, a linda Julia não sabia que como usar facas, esta sabia-o bem demais. A realidade é diferente da ficção. Ah, para que não restem dúvidas, publico os retratos dos intervenientes num e noutro caso. A realidade é diferente da ficção.
2 Comments:
At 9:39 PM, Anonymous said…
De tanta realidade tão fabulada que para aí vai, este triste caso, poderia ser fabuloso. Vá-se lá entender os humanos... Cumpts.
At 8:42 AM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Bic Laranja:
O mundo perfeito seria o que tivesse a realidade correspondida por «PRETTY WOMAN» e a catarse ficcional corporizada pela sordidez do crime. Mas o utopismo parte sempre de uma percepção de estar tudo de pernas para o ar em relação ao ideal a estabelecer, já se sabe. Abraço.
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