Mobilização Geral
O Professor Cavaco continua fiel a si próprio. Enquanto Primeiro-Ministro sempre defendeu que era fundamental um clima de confiança na política e na economia portuguesa que estimulasse psicologicamente os empresários ao investimento. Agora alargou essa necessidade de confiar à generalidade da Nação, pedindo que cada um se possa nela investir a si. Passou, por conseguinte, de uma mobilização parcial à mais total que se consiga imaginar, neste contexto. A consagração barcelense de ontem decorreu com a iluminação que lhe acentuava as marcas do rosto, de modo a fazer passar a mais eficaz das mensagens de propaganda: a de que não a faz, podendo, inclusivé, prescindir dos truques de maquilhagem e de luz que os outros não dispensam, ao tentarem cativar/enganar os eleitores. A ligação entre estas duas linhas de força da campanha encontrou o seu instrumento privilegiado na evocação da «última oportunidade» nos próximos dez anos de, por escolha, o País, com sulcos mais graves do que os do Candidato, ascender aos níveis de segurança e positividade que ele evidencia. Estamos perante a dramatização que colhe. Os outros, falando de perigos para o regime, ou para os trabalhadores, agitaram fantasmas em que ninguém crê. Deviam ter aprendido com o provável vencedor como desfraldar uma bandeira que colasse.
Publicado em O Eleito.
Publicado em O Eleito.
2 Comments:
At 1:41 PM, João Villalobos said…
Provável vencedor? Meu Deus, que cautelas...;)
At 6:37 PM, Paulo Cunha Porto said…
Eu não sou um Cavaquista desbragado, como certos Amigos que por aqui vêm...
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