Parcerias
Angela Merkel, nova ocupante da Chancelaria Alemã, anda desesperada, em busca de um parceiro. Calma, não me refiro à vida privada da Senhora. Nem tenho dados que me permitam concluir tal nem o misantropo se permitiria referir a terceiros tão particular assunto. Falo é da proposta de constituir com a Rússia uma «parceria estratégica», depois de ter proposto à Turquia uma «parceria privilegiada». Sabe-se como considero de importância vital o entendimento russo-europeu, para alcançar a carta de alforria que reforce o nosso estatuto, face ao aliado de além-Atlântico. Espera-se é que esta iniciativa não tenha o mesmo alcance do que a anterior, pois é certo e sabido que os amendoins atirados a Ankara significaram uma forma simpática de pôr ao largo da UE os herdeiros de M. Kamal, com inteira justificação, de resto. Quanto ao facto de ter classificado o Presidente Putin de «democrata sem mácula», indo bastante para lá do que eu - um seu convicto defensor - me atrevi a dizer, só posso considerar como uma piadinha ao meu Caríssimo Amigo FG Santos...
5 Comments:
At 11:45 AM, Flávio Santos said…
É a bajulação habitual entre os políticos de hoje. Entretanto, os elogios de Schroeder ao ex(?)-KGB compensaram: já tem um empregozito na Gazprom...
At 11:57 AM, Paulo Cunha Porto said…
Mas sabes bem que sempre achei o ex-Chanceler mais orientado para a promoção pessoal do que para o êxito na defesa do bem comum...
At 12:11 PM, Anonymous said…
Veremos cómo acaban Chirac y Zapatero.....
At 3:03 PM, Anonymous said…
A prendada prussiana deve andar a ler o tio Haushoffer. A Rússia que ali está à mão não é para ser invadida.É para uma aliança. A Alemanha só chegou a Paris com o petróleo russo. Também o Blucher só entrou em Paris com os cossacos do amigo urso. Angela Merkel sabe-o bem. Quando se teima em tratar a Rússia como território conquistado sai neve, Estalinegrado e violações em massa em Berlim.
Miguel CB
At 6:55 PM, Paulo Cunha Porto said…
Caro Amigo de Espanha: Chirac, se não houvesse perdão presidencial, na prisão, por causa das negociatas de quando era "Maire" de Paris. Zapatero não sei. Mas se apanhar os ventos de feição, ainda corremos o risco de o ver Presidente da Comissão da UE.
Depois do José Barroso já acredito em tudo...
Meu Caro Miguel: essa do grande geopolítico alemão foi bem lembrada; e penso, como já aqui disse, que é a melhor hipótese para assegurar alguma independência ao Continente Europeu. Já antes o outro participante do "novo Eixo" conhecera as agruras do gelo e da neve russas. Os Generais Janeiro e Fevereiro, como disse o Czar que não viveu o suficiente para ver o êxito do segundo.
Abraços a ambos.
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