Leitura Matinal -245
Publico hoje um poema de Tolkien que gosto de interpretar com as latitudes permitidas pela eterna interacção dos afectos e da observação.
É sobre gatos, que, sendo uma das paixões da minha vida, desempenham um tão importante lugar como a memória, que dela é uma das mais constantes preocupações. O Excepcional Criador da saga anelar contrapõe a acção de felinos na vida selvagem à do nutrido gato doméstico que descansa no tapete, aproximando-os num sugestivo final, em que a capacidade do bichano não esquecer pode ser lida, quanto a mim, de duas maneiras: a conservação dos instintos que guiam os seus irmãos bravios, tanto como a memória dos afectos que o ligam ao lar. É por esta via que chego às Gatas Humanas, a
variante dessa espécie animal que mais compensações agita diante do nosso desejo, pontuadas pelas arranhadelas que, conferindo interesse, podem ser mais frequentementes fatais do que as equivalentes em Autores Quadrúpedes. Dirão os mais conciliadores que tudo é obra do instinto selvagem. Talvez esteja menos presente nas mascotes domésticas, por, não se afastando demasiado de casa, não usarem os telemóveis que permitam receber a chamada da braveza. E os animais de quatro patas em estado selvático, perguntar-me-ão? É favor de verificar a prova documental que acompanha...
Vai o poema na companhia de «Call of the Wild», de Will Bullas
e «Felina», de Françoise Naudet.
É sobre gatos, que, sendo uma das paixões da minha vida, desempenham um tão importante lugar como a memória, que dela é uma das mais constantes preocupações. O Excepcional Criador da saga anelar contrapõe a acção de felinos na vida selvagem à do nutrido gato doméstico que descansa no tapete, aproximando-os num sugestivo final, em que a capacidade do bichano não esquecer pode ser lida, quanto a mim, de duas maneiras: a conservação dos instintos que guiam os seus irmãos bravios, tanto como a memória dos afectos que o ligam ao lar. É por esta via que chego às Gatas Humanas, a
variante dessa espécie animal que mais compensações agita diante do nosso desejo, pontuadas pelas arranhadelas que, conferindo interesse, podem ser mais frequentementes fatais do que as equivalentes em Autores Quadrúpedes. Dirão os mais conciliadores que tudo é obra do instinto selvagem. Talvez esteja menos presente nas mascotes domésticas, por, não se afastando demasiado de casa, não usarem os telemóveis que permitam receber a chamada da braveza. E os animais de quatro patas em estado selvático, perguntar-me-ão? É favor de verificar a prova documental que acompanha...
Vai o poema na companhia de «Call of the Wild», de Will Bullas
e «Felina», de Françoise Naudet.
4 Comments:
At 5:41 PM, Jansenista said…
Lembrei-me de Cat People, de Paul Schrader, ou o ainda mais fascinante Cat People de Jacques Tourneur.
At 5:53 PM, Paulo Cunha Porto said…
Ah, o Tourneur! Apesar da colagem do mal à condição felina, é grandíssimo filme. Logo uma das primeiras cenas, de identificação de Mulher e Gato...
At 6:30 PM, Je maintiendrai said…
...et pour cause.
Peito aberto ao fiel perro, já confesso a minha embirração pelos gatos, mísera versão doméstica do nobre tigre, tão bem animado no Sher Khan da versão Disney do The Jungle Book. Agora, que o poema de Tolkien lhes retrata a essência, isso sim...
At 7:00 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Je Maintiendrai:
Os gatos, nesta casa são Reis e Senhores. Mas também gosto muito de cães.
O Tolkien é sempre aconselhável.
Abraço.
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