Hibridismo Ameaçador
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A «Quimera». Para alimentar a inquietação jansenística, tanto como a curiosidade de Quem viaja. Quer pelo ameaçador desta mutante criatura do homem, quer pela simbologia da perseguição fantasista, quer por tudo o mais que com a bioética e o espírito possa relacionar-se.
11 Comments:
At 2:21 PM, Pedro Botelho said…
Que tal o grifo em matéria de hibridismo? Veio-me à cabeça depois de ver as inúmeras trocas de cumprimentos entre adeptos...
At 7:52 PM, Jansenista said…
Imagem assustadora, logo muito adequada ao tema...
At 8:17 PM, Viajante said…
Gracias, Misantropo.
Mas não é ameaçador se visto como figura metafórica :) - Como hibridismo seria.
Juba e fauces de leão cuspindo fogo como a serpente-cauda, hastes de cabra? O dorso, o corpo, enfim, parece leão.
Primeira «mazela» é da crença em dragões (aqui, dupla em dragão e draco). Depois, ver os leões como um mal - é que há dragões bons e maus, dourados e negros, assim como há Leões de coração de Ouro, sejam zodiacais ou seguidores de Ricardo. Divertida, com os jogos de ideias...
At 8:37 PM, Paulo Cunha Porto said…
Também o grifo, Caro Pedro. Mas esse é animal mais exigente. Tem traços de Águia...
Não é, Caro Jansenista? Pensei repetidamente nela, desde o Seu comentário anterior sobre o tema...
Senhora:
Um aspecto há que ousava pensar que poderia merecer a Vossa atenção: a ausência de asas, rara nas quiméricas representações, por tudo o que tendes dito...
E haverá algo mais ameaçador do que essa ausência?
At 9:34 PM, Viajante said…
Já tendo a cair demasiado (?) para as asas! Como sabeis! Mulheres com asas, Magritte, Pégaso... quis poupar a «linkagem» aqui. Fiz mal, todavia. Fique assente que a avareza é um pecado capital - mais ainda, quando é descoberta num instante...
At 9:54 PM, Paulo Cunha Porto said…
Senhora:
Avareza só de quem pintou o mítico animal... desasado. Nunca, em tempo algum poderíeis ser censurada por tal... A minha provocação estribava-se um bocadinho sobre essa carência que Vos julgava repugnar. Mas atribuo à mais Alta das Indulgências terdes poupado a referência à deficiência quimérica.
Serei de brutalidade sem par: Avareza, em Vós, só do Mal que não tendes.
At 1:30 AM, Viajante said…
Que conceito estranho de brutalidade sem par :) (Não espereis demais, sim?! que a desilusão pode ser a ruína!).
E reitero o que por Lá afirmei - pois que o discreto não tem necessariamente de relacionar-se apenas com o que se mostra mas de atender ao que se mostra comparando com o que se guarda.
Pintemos imaginariamente as asas, então. De gloriosa plumagem e glamorosas penas.
At 5:12 AM, Pedro Botelho said…
Continuo na minha: o grifo da amálgama lisboeta seria muito simbólico, e dada a profusão de beijinhos e abraços actuais, viria a propósito. Além do mais até teria poupado uma catedral desnecessária, mas agora é tarde para emendar...
Imagine só as futuras epopeias quiméricas: de um lado o azul e branco da origem, timbrado pelo respectivo dragão; do outro o verde e vermelho da persistência (esperança e sacríficio, como diz o povo), mais o grifo mossárabe de estimação...
At 7:11 AM, Paulo Cunha Porto said…
Quereis, Senhora ver a brutalidade do Animal? Aí vai: ouso censurar uma escolha terminológica Vossa: o uso de «demais» foi ilegítimo, querendo dizer "mais". De facto, não esperarei mais porque concebê-lo é impossível. Ao contrário das asas...
Beijo.
Meu Caro Pedro: e então quem ainda preferir o branco restaurador tem de ir até... Guimarães, não. Mas gosto de grifos, que não só de parte deles.
Ab.
At 3:08 PM, Pedro Botelho said…
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At 3:09 PM, Pedro Botelho said…
Olha, fui ver e é "moçárabe". Fica corrigido, e já agora fica também a etimologia: do ár. must'arab "arabizado", através do cast. mozárabe.
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