Em Brasa
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Confesso que fiquei piurso, pior do que urso, quando, em comentário ao episódio do candidato-vampiro, o Amigo Jansenista, Senhor de biblioteca de respeito, lançou um remoque às «Religiões do Livro», sem piedade pela memória de Pascal ou Racine que tantos e tão bons produziram. Em jeito de desagravo, aqui deixo, dedicado ao Nosso Amigo «Zona de Perigo», de Mary Sue Kern.
2 Comments:
At 12:26 AM, Jansenista said…
O apostolado dos gentios (do seu homónimo) é magnífico, na minha humilde (e porventura "contaminada") opinião porque fez confluir uma das 3 actuais "Religiões do Livro" do Ocidente em direcção à ética antropocêntrica do estoicismo. Santo Agostinho confessa que lá chegou via Cícero, que era pagão. E será que a moral cristã, ou a judaica ou a islâmica, consegui ir mais alto do que Séneca?
Sejamos um pouco mais ecuménicos, ou católicos no sentido etimológico: não havia crítica e ingratidão nenhuma!
Crítica, essa sim, vem à expressão "pior do que urso": que especismo horrível! Haverá coisa mais linda do que o afecto da mãe ursa pelos seus filhotes?
At 6:59 AM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Jansenista. Mada contra os ursos, claro está. Quando, há uns tempos, o jogador de futebol Rui Jorge, então no Sporting, se insurgia contra a expulsão de que fora alvo, dizendo não a compreender, porque «só tinha chamado urso ao fiscal de linha» dei-lhe inteira razão, afinal trata-se de animal bem simpático. Só queria jogar com a expressão eternizada pelo António Silva.
Ah, ainda bem. Tinha-me parecido que estava a defender ser, pela natureza das coisas, mais fácil encontrar intolerância nas "Religiões do Livro" do que no paganismo. Não foi sempre assim. Como sabe, o próprio Juliano ordenou certas destruições de vidas, carreiras e bens, em nome do "outro lado". E os leões só por... "espírito dialético" são uma instituição cristã.
O catolicismo, no sentido universalista do termo, esteve sempre presente na prática da Igreja, quando integrou no seguimento da Revelação quer a filosofia conciliável dos grandes da Antiguidade, quer as práticas cultuais populares conciliáveis do Paganismo.
E como disse, o meu homónimo por iniciativa própria foi pioneiro nessa construção.
Um grande abraço.
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