Quem Te Avisa Teu Amigo É
Começou no Pôr do Sol de hoje o Período das Doze Noites de Natal,
que vão até à celebração da Epifania, ao nosso Dia de Reis. Por
essa Europa fora é um lapso temporal associado à libertação
dos mais variados espíritos, muitos deles nocivos. Assim na
Europa Anglo-Saxónica, como nas mitologias nórdica e germânica.
Mas até na Grécia que se ufana da claridade de Apolo e Minerva,
como noutros países balcânicos, é o tempo por excelência do vero
vampiro, aquele que habita um corpo já morto. Na generalidade
dos Países Germânicos há o relato de uma Velha, Frau Holle,
cujo nome apresenta, por vezes, variações, que anda a fiscalizar
a fiação das donzelas e a castigar as que tiveram produção
insuficiente. E nos mais profundos recantos da Alemanha crê-se
ser a época privilegiada do aparecimento dos lobisomens. Nas Ilhas
Britânicas dá-se preferência aos elfos e acredita-se que qualquer
trabalho empreendido nesta dúzia de dias está condenado ao
fracasso. Em Inglaterra, aliás, no Décimo Sexto Século, o das
perseguições religiosas, surgiu uma canção popular dita para as
crianças - mas em que os detectives eruditos querem ver um
secreto sinal do criptocatolicismo -, na qual, em cada dia, é
cantada uma prenda dada pelo amor de quem canta, versando
objectos inocentes em número igual ao do ordinal correspondente
dos doze famigerados. Há uma chave que liga cada uma dessas
inócuas ofertas a elementos essenciais do Dogma Católico, com
o alegado objectivo de burlar a repressão.
Ora, com a livre circulação de pessoas, originada pela integração
europeia, é bem possível que todas estes perigosas ameaças estejam
a caminho do nosso País. O tempo deles aí está. Todo o cuidado é
pouco!
que vão até à celebração da Epifania, ao nosso Dia de Reis. Por
essa Europa fora é um lapso temporal associado à libertação
dos mais variados espíritos, muitos deles nocivos. Assim na
Europa Anglo-Saxónica, como nas mitologias nórdica e germânica.
Mas até na Grécia que se ufana da claridade de Apolo e Minerva,
como noutros países balcânicos, é o tempo por excelência do vero
vampiro, aquele que habita um corpo já morto. Na generalidade
dos Países Germânicos há o relato de uma Velha, Frau Holle,
cujo nome apresenta, por vezes, variações, que anda a fiscalizar
a fiação das donzelas e a castigar as que tiveram produção
insuficiente. E nos mais profundos recantos da Alemanha crê-se
ser a época privilegiada do aparecimento dos lobisomens. Nas Ilhas
Britânicas dá-se preferência aos elfos e acredita-se que qualquer
trabalho empreendido nesta dúzia de dias está condenado ao
fracasso. Em Inglaterra, aliás, no Décimo Sexto Século, o das
perseguições religiosas, surgiu uma canção popular dita para as
crianças - mas em que os detectives eruditos querem ver um
secreto sinal do criptocatolicismo -, na qual, em cada dia, é
cantada uma prenda dada pelo amor de quem canta, versando
objectos inocentes em número igual ao do ordinal correspondente
dos doze famigerados. Há uma chave que liga cada uma dessas
inócuas ofertas a elementos essenciais do Dogma Católico, com
o alegado objectivo de burlar a repressão.
Ora, com a livre circulação de pessoas, originada pela integração
europeia, é bem possível que todas estes perigosas ameaças estejam
a caminho do nosso País. O tempo deles aí está. Todo o cuidado é
pouco!
3 Comments:
At 10:52 PM, Anonymous said…
ADEUS, VÍTOR HUGO
Não há posts adequados para falar da morte de um amigo. Abuso novamente da amizade do Paulo para deixar aqui mais uma homenagem fúnebre. Mas sinto uma grande intimidade com o Misantropo Enjaulado e a morte é uma coisa tão íntima que só pode ser partilhada em territórios de afecto.
O Vítor Hugo deixou-nos.Reputado jornalista de A BOLA, foi recentemente hospitalizado, para efectuar uma operação cirúrgica.Mesmo hospitalizado, publicou ainda a sua coluna de opinião e acompanhou as notícias do seu grande amor: o basquetebol.Foi jogador, treinador e jornalista especializado na modalidade, embora a sua vida profissional se tenha estendido a muitas outras coisas, sendo de destacar os anos em que a sua bela voz se fez ouvir aos microfones da RDP.
Numa altura em que a "ditadura do futebol" cada vez mais asfixia todos aqueles que lutam pelas dignificação das outras modalidades, o Vítor Hugo foi uma voz importante, a remar contra a maré. Com profissionalismo e paixão.
As tardes e noites nos pavilhões de basquetebol não vão ser mais as mesmas. Os jantares tardios no antigo "João Sebastião Bar", no Bairro Alto, nunca mais terão o mesmo sabor.
Separavam-nos algumas coisas: 20 anos de idade, os afectos clubísticos, os percursos profissionais no jornalismo.
Tudo irrelevante. Unia-nos uma profunda amizade e uma enorme cumplicidade.
E ficam agora húmidos os olhos, apesar das lágrimas se recusarem a cair.
Morreu o Vítor Hugo. Foi mais uma "bomba de Natal". Soam tão estranhos os sons das músicas da época. Ficamos a pairar. Não queremos acreditar.
Em cada camarada de A BOLA que eu cumprimentar nos jogos de basquetebol, vou sentir o aperto de mão do Vítor Hugo, ouvir a sua voz.E talvez não resista a dizer-lhes:
"O que é que estás aqui a fazer? Não é o Vítor Hugo que vem fazer o basquetebol?".
Descansa em paz, Vítor.
At 8:08 AM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Luís.
Li, claro está, muitas vezes Vítor Hugo, em «A BOLA» e foi com grande pesar que, por Ti, recebi a triste notícia. Na dupla qualidade de leitor e de alguém que, na sua insignificância, também está ligado à modalidade que o Falecido mais amava, abraço-Te, desta forma exprimindo as minhas condolências a Quem, na minha Esfera Amical, mais próximo era Dele.
At 7:11 PM, Anonymous said…
Muito obrigado, Paulo.
Hoje n'A BOLA vem uma elegia fúnebre bastante completa. A Dra. Margarida Ribeiro dos Reis (presente na Igreja de S. João de Brito, de onde o corpo saiu para a cremação no cemitério dos Olivais)reservou também espaço para a edição de amanhã. O RECORD e o JOGO também fizeram pequenas notícias.
O meio do basquetebol estava representado em peso. A simbolizar a presença dos amigos do D.Pedro V (que era o João Sebastião Bar) esteve também o grande amigo Juvenal, para quem o Vítor Hugo era o "Ti Vítor".
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