O Misantropo Enjaulado

O optimismo é uma preguiça do espírito. E. Herriot

Thursday, December 29, 2005

O "Quiromante"

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Inspirado pelos belíssimos textos em que a Viajante se tem espelhado, pensei em que realidade deveria um complexo humano colocar diante da polida superfície que o revertesse com acréscimo de conhecimento; e qual o meio privilegiado de interpretação. Não andarei longe das conclusões que se impõem se disser que cada individualidade será o resultado da operação multiplicadora em que um dos factores esteja no conjunto de traços únicos, que encontram emblema nas linhas da mão e o outro nas leituras que sobre eles tiveram influência. Seria isto que teve presente Wolfgang Lettl em «Espelhando»?

5 Comments:

  • At 12:03 AM, Blogger Jansenista said…

    Algum monadismo leibniziano ao serviço de uma sensibilidade alquimica? Merecia uma gravura de M.C. Escher...

     
  • At 12:53 AM, Blogger MRA said…

    Meu caro amigo
    foi um prazer, vai ser um prazer ler o teu blog. Abraços

    Mário Rui

     
  • At 6:56 AM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Caro Jansenista: uma sensibilidade crítica extraordinária, como sempre. Escher, realmente viria mesmo a calhar.

    Caro MRA:
    Não te sabia por estas andanças. Imagino como me descobriste... É um prazer imenso ter-Te por cá.
    Abraços a Ambos.

     
  • At 12:31 PM, Blogger Viajante said…

    Sem realmente ser precisa inspiração exterior ainda que amável pelo tributo!

    Trago, em mágica fórmula de copy-paste, um excerto a propósito:
    "Por isso emprego de preferência a comparação com um bloco de mármore que tem veios... se há veios na pedra que desenham a figura de Hércules em lugar de qualquer outra, este bloco lhe estaria já disposto, e Hércules lhe seria de algum modo como inato, ainda que fosse sempre necessário certo trabalho para descobrir estes veios e destaca-los pelo polimento, eliminando o que impede sua aparição. Do mesmo modo as idéias e a verdade nos são inatas como inclinações, disposições, capacidades e faculdades naturais, e não como ações ou funções, se bem que estas faculdades vão sempre acompanhadas de algumas ações correspondentes imperceptíveis".
    (prefácio aos "Novos Ensaios sobre o Entendimento Humano", Leibniz).

    E claro que sorri ao ler o primeiro comentário.
    Reencontro, pelos dois factores apontados, pela aproximação e pela reflexão, pelo desenvolver da consciência, o trabalho da Alma em ascender da Caverna. E lá voltámos ao mesmo...

    Novissima verba, por este ano!

     
  • At 6:49 PM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    O texto de Leibnitz assim destacado, na sequência da identificação do Jansenista, é notável. A reflexão preferencial que faço é justamente sobre o trabalho necessário e, melhor ainda, sobre o detonador que conduz à percepção dele por entre as trevas que, por vezes, o ocultam.
    E Esse é o que Vós estais sendo.

     

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