O "Quiromante"
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Inspirado pelos belíssimos textos em que a Viajante se tem espelhado, pensei em que realidade deveria um complexo humano colocar diante da polida superfície que o revertesse com acréscimo de conhecimento; e qual o meio privilegiado de interpretação. Não andarei longe das conclusões que se impõem se disser que cada individualidade será o resultado da operação multiplicadora em que um dos factores esteja no conjunto de traços únicos, que encontram emblema nas linhas da mão e o outro nas leituras que sobre eles tiveram influência. Seria isto que teve presente Wolfgang Lettl em «Espelhando»?
Inspirado pelos belíssimos textos em que a Viajante se tem espelhado, pensei em que realidade deveria um complexo humano colocar diante da polida superfície que o revertesse com acréscimo de conhecimento; e qual o meio privilegiado de interpretação. Não andarei longe das conclusões que se impõem se disser que cada individualidade será o resultado da operação multiplicadora em que um dos factores esteja no conjunto de traços únicos, que encontram emblema nas linhas da mão e o outro nas leituras que sobre eles tiveram influência. Seria isto que teve presente Wolfgang Lettl em «Espelhando»?
5 Comments:
At 12:03 AM, Jansenista said…
Algum monadismo leibniziano ao serviço de uma sensibilidade alquimica? Merecia uma gravura de M.C. Escher...
At 12:53 AM, MRA said…
Meu caro amigo
foi um prazer, vai ser um prazer ler o teu blog. Abraços
Mário Rui
At 6:56 AM, Paulo Cunha Porto said…
Caro Jansenista: uma sensibilidade crítica extraordinária, como sempre. Escher, realmente viria mesmo a calhar.
Caro MRA:
Não te sabia por estas andanças. Imagino como me descobriste... É um prazer imenso ter-Te por cá.
Abraços a Ambos.
At 12:31 PM, Viajante said…
Sem realmente ser precisa inspiração exterior ainda que amável pelo tributo!
Trago, em mágica fórmula de copy-paste, um excerto a propósito:
"Por isso emprego de preferência a comparação com um bloco de mármore que tem veios... se há veios na pedra que desenham a figura de Hércules em lugar de qualquer outra, este bloco lhe estaria já disposto, e Hércules lhe seria de algum modo como inato, ainda que fosse sempre necessário certo trabalho para descobrir estes veios e destaca-los pelo polimento, eliminando o que impede sua aparição. Do mesmo modo as idéias e a verdade nos são inatas como inclinações, disposições, capacidades e faculdades naturais, e não como ações ou funções, se bem que estas faculdades vão sempre acompanhadas de algumas ações correspondentes imperceptíveis".
(prefácio aos "Novos Ensaios sobre o Entendimento Humano", Leibniz).
E claro que sorri ao ler o primeiro comentário.
Reencontro, pelos dois factores apontados, pela aproximação e pela reflexão, pelo desenvolver da consciência, o trabalho da Alma em ascender da Caverna. E lá voltámos ao mesmo...
Novissima verba, por este ano!
At 6:49 PM, Paulo Cunha Porto said…
O texto de Leibnitz assim destacado, na sequência da identificação do Jansenista, é notável. A reflexão preferencial que faço é justamente sobre o trabalho necessário e, melhor ainda, sobre o detonador que conduz à percepção dele por entre as trevas que, por vezes, o ocultam.
E Esse é o que Vós estais sendo.
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