Rupturas e Continuidades Americanas
Para todos aqueles que pensavam ser o Presidente Bush a
força de todos os males que, indiscutivelmente, para a
visão europeia, envolvem a acção externa dos EUA, devem
ser bem perturbadoras as notícias que dão a transferência
de prisioneiros a interrogar (para ou)ilegalmente pela
CIA como tendo começado durante a administração Clinton
e por ordem, ou carta branca deste.
Não há que admirar. Ainda voltarei ao tema. Mas organismos
como a Agência, ou o FBI, ou muitas outras sedes de recolha
de informação, ou de investigação, de que geralmente se não
fala, têm uma autonomia e uma linha de acção prolongada que
não é hábito ver inflectida com a mudança de governantes. O
caso de Hoover é lendário, assistindo a uma sucessão de
presidentes tipo centopeia, enquanto permanecia, com toda
a tranquilidade, à cabeça do Bureau. A intervenção americana
no Mundo, como a repressão doméstica do crime, assentam em
linhas de força que não dependem das eleições. Tenho pena
de todos aqueles que contestaram W sob este específico ponto
de vista, pois terão de reconverter as respectivas miras contra
o próximo chefe de estado americano, salvo, talvez, se vier a
ser McCain, que fez da oposição à tortura de presos uma bandeira.
E havia tanto na inovação política de Bush II para atacar com
credibilidade... Não a política económica, que começa agora a dar
frutos, com aumento da confiança dos consumidores e decréscimo
no preço dos combustíveis e dos índices de desemprego. Mas sim,
por exemplo, na política ambiental, em que a actual Administração
tem culpas tremendas em atentados vários, para mais, carregados
com suspeitas conexões empresariais.
força de todos os males que, indiscutivelmente, para a
visão europeia, envolvem a acção externa dos EUA, devem
ser bem perturbadoras as notícias que dão a transferência
de prisioneiros a interrogar (para ou)ilegalmente pela
CIA como tendo começado durante a administração Clinton
e por ordem, ou carta branca deste.
Não há que admirar. Ainda voltarei ao tema. Mas organismos
como a Agência, ou o FBI, ou muitas outras sedes de recolha
de informação, ou de investigação, de que geralmente se não
fala, têm uma autonomia e uma linha de acção prolongada que
não é hábito ver inflectida com a mudança de governantes. O
caso de Hoover é lendário, assistindo a uma sucessão de
presidentes tipo centopeia, enquanto permanecia, com toda
a tranquilidade, à cabeça do Bureau. A intervenção americana
no Mundo, como a repressão doméstica do crime, assentam em
linhas de força que não dependem das eleições. Tenho pena
de todos aqueles que contestaram W sob este específico ponto
de vista, pois terão de reconverter as respectivas miras contra
o próximo chefe de estado americano, salvo, talvez, se vier a
ser McCain, que fez da oposição à tortura de presos uma bandeira.
E havia tanto na inovação política de Bush II para atacar com
credibilidade... Não a política económica, que começa agora a dar
frutos, com aumento da confiança dos consumidores e decréscimo
no preço dos combustíveis e dos índices de desemprego. Mas sim,
por exemplo, na política ambiental, em que a actual Administração
tem culpas tremendas em atentados vários, para mais, carregados
com suspeitas conexões empresariais.
3 Comments:
At 2:24 AM, vs said…
(Que silêncio.....)
Não diga coisas dessas ó Paulo.
Então as outras administrações lá seriam capazes de coisas dessas?
NUNCA!
O monopólio do 'mal', já se sabe, é do W.Bush.
O resto da malta (urbi et orbi): tudo já p'ró Altar!
Que Don Augusto Pinochet Ugarte nos valha!
:)
At 7:00 AM, Paulo Cunha Porto said…
Hihihihihihi! Caro Nelson, este é um tema a que voltarei em 2006. As constantes da actuação dos serviços de "inteligência" norte-americanos são um mundo inesgotável. E só se sabe da camada mais superficial...
At 8:46 AM, Flávio Santos said…
Das palavras do Nelson, «o monopólio do 'mal', já se sabe, é do W.Bush» depreende-se, então, que o mal não reside só no Bush mas... nos EUA!? Eh, eh!
Para quem dizia que as SS eram um estado dentro do estado não está nada mal a benevolência com que se encara a acção das centrais de espionagem nos States.
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