Leitura Matinal -225
Último dia do ano. Após o balanço de mim, desvio os olhos para a contabilidade do Mundo. E, pondo num lado as Amizades que tenho e as que fiz, muitas delas aqui, caio
na melancolia mais imperante ao avaliar em que estado anda a humanidade. É hoje e agora o tempo de o dizer, que não quero estragar a festa de logo; e amanhã devemos tentar crer que algo melhorará e enviar uma mensagem de esperança. Ao ver para onde vai caminhando a humanidade lamento-a. Vendo o mal entranhado nos homens, a começar por mim, penso na imensa melancolia de Deus, que já sabia, desde o inicio o que a casa iria gastar quando a liberdade chegasse, por maçã ou caroço, aos humanos.
As calamidades previstas para a entrada no segundo milénio, ou saída do primeiro, como se queira, eram afinal velhos hábitos, agigantados por menores defesas e técnicas mais apuradas. O Fim do Mundo, que alguns se obstinaram em prever estava para a espécie como um tiro misericordioso para o condenado que tem como alternativa a submissão aos piores tormentos. E revelou-se a infantil fantasia que se viu. A Maldade de hoje só encontra rival na nossa desresponsabilização.
De Martin Guia, para essa época, com
redobrada actualidade em 2006:
NÃO FUI EU, FOI O DIABO
Deus, já mais gestor
que criador,
ao inventariar
na terra,
para efeitos de balanço,
as existências
locais
de paz e de guerra
e ao equacionar
os principais
teores de avanço
nas diversas ciências,
em Janeiro de 2.ooo
concluiu num instante
que o diabo era redundante,
porque ao fim e ao cabo
o homem, sua criação,
ultrapassara com distinção
o pobre diabo do Diabo.
Ajudam: «A Maldade», (Levi Cords) e
«Batalha de Homens Nus» de Antonio Pollaiuolo.
na melancolia mais imperante ao avaliar em que estado anda a humanidade. É hoje e agora o tempo de o dizer, que não quero estragar a festa de logo; e amanhã devemos tentar crer que algo melhorará e enviar uma mensagem de esperança. Ao ver para onde vai caminhando a humanidade lamento-a. Vendo o mal entranhado nos homens, a começar por mim, penso na imensa melancolia de Deus, que já sabia, desde o inicio o que a casa iria gastar quando a liberdade chegasse, por maçã ou caroço, aos humanos.
As calamidades previstas para a entrada no segundo milénio, ou saída do primeiro, como se queira, eram afinal velhos hábitos, agigantados por menores defesas e técnicas mais apuradas. O Fim do Mundo, que alguns se obstinaram em prever estava para a espécie como um tiro misericordioso para o condenado que tem como alternativa a submissão aos piores tormentos. E revelou-se a infantil fantasia que se viu. A Maldade de hoje só encontra rival na nossa desresponsabilização.
De Martin Guia, para essa época, com
redobrada actualidade em 2006:
NÃO FUI EU, FOI O DIABO
Deus, já mais gestor
que criador,
ao inventariar
na terra,
para efeitos de balanço,
as existências
locais
de paz e de guerra
e ao equacionar
os principais
teores de avanço
nas diversas ciências,
em Janeiro de 2.ooo
concluiu num instante
que o diabo era redundante,
porque ao fim e ao cabo
o homem, sua criação,
ultrapassara com distinção
o pobre diabo do Diabo.
Ajudam: «A Maldade», (Levi Cords) e
«Batalha de Homens Nus» de Antonio Pollaiuolo.
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