Leitura Matinal -215
Um conceito de Virtude, por ligeiras variações que exibam os seus contornos, esteve sempre presente na maioria das sociedades, mesmo
naquelas que a acção da colectividade afastou do conceito mais generalizado dela. É que o Homem bem formado necessita de reconhecer a desigualdade dos méritos. E trata-se de uma hierarquização que abrange tanto aqueles que, pela sua acção, se tornaram exemplos a seguir ou gente valorosa a celebrar, como os outros que, persistindo no esforço limpo para lá chegarem, estão banhados numa ética suficientemente distanciada da mesquinhez, ao ponto de reconhecerem a excelência dos máximos expoentes do campo em que se movem. Porque, é bem sabido, os vis apartados do caminho
certo não conseguem, muitas vezes, manter quer a rectidão de princípios, quer a capacidade de celebrar a excelência doutros. Pelo contrário, caem frequentemente na tentação de denegrir e deitar abaixo, julgando, pobres enganados, que assim se aproximam dos seus alvos, por uma via mais curta. Logo nesse seu acto a Virtude deixa bem claro que com rejeitados desse quilate nada tem a ver.
De Simónides, traduzido por Albano Martins:
Dizem
que a Virtude habita
sobre rochas de difícil
acesso e a acompanha
um coro sagrado de ninfas ligeiras.
Não é também visível aos olhares
de todos os mortais, a não ser
aos daquele a quem dentro
brota o suor de um ânimo esforçado
e atinge o cume pelo seu valor.
A ilustração cabe, hoje a Verhaden, com «Virtude», que
inclui a frase de Emerson, além de «O Triunfo da Virtude
Sobre o Vício», de Giambologna.
naquelas que a acção da colectividade afastou do conceito mais generalizado dela. É que o Homem bem formado necessita de reconhecer a desigualdade dos méritos. E trata-se de uma hierarquização que abrange tanto aqueles que, pela sua acção, se tornaram exemplos a seguir ou gente valorosa a celebrar, como os outros que, persistindo no esforço limpo para lá chegarem, estão banhados numa ética suficientemente distanciada da mesquinhez, ao ponto de reconhecerem a excelência dos máximos expoentes do campo em que se movem. Porque, é bem sabido, os vis apartados do caminho
certo não conseguem, muitas vezes, manter quer a rectidão de princípios, quer a capacidade de celebrar a excelência doutros. Pelo contrário, caem frequentemente na tentação de denegrir e deitar abaixo, julgando, pobres enganados, que assim se aproximam dos seus alvos, por uma via mais curta. Logo nesse seu acto a Virtude deixa bem claro que com rejeitados desse quilate nada tem a ver.
De Simónides, traduzido por Albano Martins:
Dizem
que a Virtude habita
sobre rochas de difícil
acesso e a acompanha
um coro sagrado de ninfas ligeiras.
Não é também visível aos olhares
de todos os mortais, a não ser
aos daquele a quem dentro
brota o suor de um ânimo esforçado
e atinge o cume pelo seu valor.
A ilustração cabe, hoje a Verhaden, com «Virtude», que
inclui a frase de Emerson, além de «O Triunfo da Virtude
Sobre o Vício», de Giambologna.
2 Comments:
At 11:24 AM, Anonymous said…
Libros sobre la Virtud de Henri Pradel ("Ser alguem", traducido al portugues por el padre Fonseca de Montariol)
At 12:06 PM, Paulo Cunha Porto said…
Obrigado, Caro Amigo.
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