"Barbiedades"
Veio, como já esperava, na imprensa portuguesa de hoje, a notícia
de que um inquérito a cem crianças britânicas demonstrou que uma
considerável maioria delas exerce sevícias insuspeitadas sobre as
suas bonecas Barbie, tais como queimaduras, arranhadelas e até
decapitações. Claro que poderiam dizer que não se trata de torturas,
em sentido técnico, em virtude de as bonecas não serem capazes de
sensações. Mas, por uma vez não é tanto o sofredor que importa, mas
sim o verdugo. Além de ser esclarecedor sobre a bondade e inocência
infantis, o que não é novo e tem pelo menos a indubitável vantagem
de não visar pobres animais, conviria atentar que as inquiridas
consideraram a figura do brinquedo como «irritante e incomodativa».
E, outro dado que não transpirou para cá, enquanto os rapazes mantêm,
vida fora, uma certa nostalgia e algum afecto pelo seu Action Man, as
raparigas vêem o momento em que colocam a Barbie de parte como um
rito de passagem, um momento de libertação, representativo de
passarem a viver a própria vida.
A conclusão que retiro é que as constatações mencionadas devem ser
imputáveis à maior precocidade com que a parte Feminina da
Humanidade se torna adulta. Enquanto os jovens do sexo masculino
vão diferindo a possibilidade de se revestirem das qualidades do seu
auxiliar de brincadeiras sempre para um momento posterior, as
Miúdas depressa sentem amargamente a raiva de não conseguirem
assemelhar-se ao ideal que sonharam.
de que um inquérito a cem crianças britânicas demonstrou que uma
considerável maioria delas exerce sevícias insuspeitadas sobre as
suas bonecas Barbie, tais como queimaduras, arranhadelas e até
decapitações. Claro que poderiam dizer que não se trata de torturas,
em sentido técnico, em virtude de as bonecas não serem capazes de
sensações. Mas, por uma vez não é tanto o sofredor que importa, mas
sim o verdugo. Além de ser esclarecedor sobre a bondade e inocência
infantis, o que não é novo e tem pelo menos a indubitável vantagem
de não visar pobres animais, conviria atentar que as inquiridas
consideraram a figura do brinquedo como «irritante e incomodativa».
E, outro dado que não transpirou para cá, enquanto os rapazes mantêm,
vida fora, uma certa nostalgia e algum afecto pelo seu Action Man, as
raparigas vêem o momento em que colocam a Barbie de parte como um
rito de passagem, um momento de libertação, representativo de
passarem a viver a própria vida.
A conclusão que retiro é que as constatações mencionadas devem ser
imputáveis à maior precocidade com que a parte Feminina da
Humanidade se torna adulta. Enquanto os jovens do sexo masculino
vão diferindo a possibilidade de se revestirem das qualidades do seu
auxiliar de brincadeiras sempre para um momento posterior, as
Miúdas depressa sentem amargamente a raiva de não conseguirem
assemelhar-se ao ideal que sonharam.
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