Leitura Matinal -205
Constitui tautologia incontestável dizer a uma pessoa que não tem futuro, desde logo pela incongruência do tempo verbal escolhido para conjugar o verbo "ter", no caso concreto. Não nos devemos preocupar demasiado com o Porvir, até para melhor nos aproximarmos da literalidade da Mensagem
Evangélica, na exortação de Jesus «não penses no dia de Amanhã», querendo com tal significar a dação total da vida ao seguimento dos Seus ensinamentos, a qual asseguraria a Eternidade, a proximidade do Deus intemporal. Mas mesmo na nossa insignificância terrena o Futuro, que todos os prudentes querem acautelado e os sonhadores conhecido, prega as partidas que se sabe. É o caso da feiticeira que ambicionando conhecer mais do que os que considera seus inferiores em poder não descobre na bola de cristal coisa outra do que a fogueira a que está destinada. Porque o único caminho para domar a cavalgada do Tempo é a abolição dele que, neste pobre e perecível planeta, só se pode encontrar na cristalização de um momento criador, da obra de arte plástica ou dum poema. Como na memória deles, se a degradação do tempo outra coisa não permitir. Mas isso, o Futuro o dirá.
De Joaquim Pessoa:
O futuro não precisa de ti.
Sem ti o futuro vai a algum lado, sim.
O futuro chegará independentemente de o desejares muito ou pouco
Até mesmo que ele te assuste, que o não queiras, que o odeies,
ele virá, contra todos os teus medos, contra a tua vontade, contra as tuas #razões.
O futuro é já aqui. O futuro é mais adiante. O futuro
não tem, sequer lugar. O futuro tem tempo.
Tu é que talvez não tenhas tempo para o futuro.
Amanhã será futuro. Hoje é futuro. Ontem foi futuro.
Há sempre futuro no tempo. Todo o tempo é tempo de futuro.
Por isso o futuro não precisa de ti.
Em ti há cada vez menos futuro.
Porque cada vez há menos futuro fora de ti.
Cada vez mais há só futuro, futuro, futuro.
O futuro não é um sítio onde te inscrevas.
O futuro não é um tempo em que te inventes.
O futuro não é um modo de que te lembres.
O futuro ainda não existe. E tu, que existes,
existes fora do futuro.
Evangélica, na exortação de Jesus «não penses no dia de Amanhã», querendo com tal significar a dação total da vida ao seguimento dos Seus ensinamentos, a qual asseguraria a Eternidade, a proximidade do Deus intemporal. Mas mesmo na nossa insignificância terrena o Futuro, que todos os prudentes querem acautelado e os sonhadores conhecido, prega as partidas que se sabe. É o caso da feiticeira que ambicionando conhecer mais do que os que considera seus inferiores em poder não descobre na bola de cristal coisa outra do que a fogueira a que está destinada. Porque o único caminho para domar a cavalgada do Tempo é a abolição dele que, neste pobre e perecível planeta, só se pode encontrar na cristalização de um momento criador, da obra de arte plástica ou dum poema. Como na memória deles, se a degradação do tempo outra coisa não permitir. Mas isso, o Futuro o dirá.
De Joaquim Pessoa:
O futuro não precisa de ti.
Sem ti o futuro vai a algum lado, sim.
O futuro chegará independentemente de o desejares muito ou pouco
Até mesmo que ele te assuste, que o não queiras, que o odeies,
ele virá, contra todos os teus medos, contra a tua vontade, contra as tuas #razões.
O futuro é já aqui. O futuro é mais adiante. O futuro
não tem, sequer lugar. O futuro tem tempo.
Tu é que talvez não tenhas tempo para o futuro.
Amanhã será futuro. Hoje é futuro. Ontem foi futuro.
Há sempre futuro no tempo. Todo o tempo é tempo de futuro.
Por isso o futuro não precisa de ti.
Em ti há cada vez menos futuro.
Porque cada vez há menos futuro fora de ti.
Cada vez mais há só futuro, futuro, futuro.
O futuro não é um sítio onde te inscrevas.
O futuro não é um tempo em que te inventes.
O futuro não é um modo de que te lembres.
O futuro ainda não existe. E tu, que existes,
existes fora do futuro.
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