Do real ao reflexo, da fluidez do que se mira, da ilusão da visão.
Diria o Mestre da Fenomenologia que "ver é entrar num universo de seres que se mostram, e não se mostrariam se não pudessem esconder-se uns atrás dos outros ou atrás de mim". Por isso, ver não é apenas um acto fisiológico e, da mesma forma, o perceptivo e o percebido não se esgotam nem na visão nem na sua representação.
Adiantaria que não usamos simplesmente o nosso olhar, habitamo-lo - e a cada uso, revivemos e retomamos imagens e reflexos. De antes, de outras perspectivas, de outros «olhares em frente».
Ausência de alicerces insuspeita - risco constante, ameaça latente. Que não corremos, de todo ou aparentemente... (sorriso) e beijo
Mas, por outro lado, o método que é bom para ver será o ideal para NOS vermos? Pôr entre parênteses o que nos forma? Claro que "ver" aqui apela a mais do que o mero mecanismo da distinção da imagem. Mas pode este ser a cavilha que sirva para detonar o alerta determinante de um exame mais profundo. Para que, envolvendo-o nas e com as citadas contribuições, demandemos a segurança que oferece a humildade verdadeira. Que é o único alicerce que impede a ruína.
Aonde, uma vez chegados, nos seja permitida a satisfação de recapitularmos um diálogo Destes. E a de outro beijo.
Não quis poluir o E&L com minudências. Mas até que ponto será significativa uma coincidência? Não a creio grandemente difícil de acontecer, porém aí vai: o meu Pai tem, por cima da secretária do escritório, uma outra reprodução do exacto mapa hoje publicado pela Viajante!
Querida India: Nem queiras saber o que têm sido as minhas últimas três semanas! Domingo conto-Te. Tirei a imagem de: www.student.cs.uwaterloo.ca/~shali/galery.html Beijinhos
Só a humildade - ...mais , acrescento a generosidade - impedem a ruína. O amor faria o mesmo papel, se não afectado pelo amor de si.
As coincidências significam coisas se lhes atribuirmos significado :) Em última instância, gostos ou tendências comuns. E há coincidências difíceis de acontecer - essa, parece-me uma delas. Como a da gravura de Mnemósine...
5 Comments:
At 8:30 PM, Viajante said…
Do real ao reflexo, da fluidez do que se mira, da ilusão da visão.
Diria o Mestre da Fenomenologia que "ver é entrar num universo de seres que se mostram, e não se mostrariam se não pudessem esconder-se uns atrás dos outros ou atrás de mim".
Por isso, ver não é apenas um acto fisiológico e, da mesma forma, o perceptivo e o percebido não se esgotam nem na visão nem na sua representação.
Adiantaria que não usamos simplesmente o nosso olhar, habitamo-lo - e a cada uso, revivemos e retomamos imagens e reflexos. De antes, de outras perspectivas, de outros «olhares em frente».
Ausência de alicerces insuspeita - risco constante, ameaça latente.
Que não corremos, de todo ou aparentemente... (sorriso) e beijo
At 11:21 PM, Paulo Cunha Porto said…
Mas, por outro lado, o método que é bom para ver será o ideal para NOS vermos? Pôr entre parênteses o que nos forma?
Claro que "ver" aqui apela a mais do que o mero mecanismo da distinção da imagem. Mas pode este ser a cavilha que sirva para detonar o alerta determinante de um exame mais profundo. Para que, envolvendo-o nas e com as citadas contribuições, demandemos a segurança que oferece a humildade verdadeira. Que é o único alicerce que impede a ruína.
Aonde, uma vez chegados, nos seja permitida a satisfação de recapitularmos um diálogo Destes.
E a de outro beijo.
Não quis poluir o E&L com minudências. Mas até que ponto será significativa uma coincidência? Não a creio grandemente difícil de acontecer, porém aí vai: o meu Pai tem, por cima da secretária do escritório, uma outra reprodução do exacto mapa hoje publicado pela Viajante!
At 11:40 AM, Anonymous said…
gostei da imagem e se possivel gostaria de saber de quem é... obrigada amigo desaparecido
At 8:06 PM, Paulo Cunha Porto said…
Querida India:
Nem queiras saber o que têm sido as minhas últimas três semanas! Domingo conto-Te.
Tirei a imagem de:
www.student.cs.uwaterloo.ca/~shali/galery.html
Beijinhos
At 6:36 PM, Viajante said…
Só a humildade - ...mais , acrescento a generosidade - impedem a ruína. O amor faria o mesmo papel, se não afectado pelo amor de si.
As coincidências significam coisas se lhes atribuirmos significado :)
Em última instância, gostos ou tendências comuns.
E há coincidências difíceis de acontecer - essa, parece-me uma delas. Como a da gravura de Mnemósine...
beijo no regresso :)
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