Escalada no Crime?
Já tinha anteriormente abordado a figura do investigador
científico sul-coreano Hwang Wuo Suk, a propósito da quebra
ética da utilização de ovários das assistentes, da infracção
penal que se traduziu na compra de outros, como do crime, não
menor, que poderia vir a ser o corolário dos seus trabalhos:
a clonagem humana. Veio agora a público que, afinal, as suas
publicadas pesquisas estão minadas pela fraude. O impante
anúncio de ter conseguido produzir células estaminais, a
partir da pele humana, baseava-se, finalmente, em manipulações
fotográficas que sugerissem o crescimento e aumento numérico
celular. O que deve fazer meditar: em que medida uma
trafulhice descoberta piora ou melhora a coisa. Por um lado,
um aldrabão é comunmente mais desprezado do que um subversor
da Vida. Por outro, entrados no domínio da ficção orquestrada
para ganhos pessoais, esbate um pouco o horror daquilo que
caminhava para ser a artificialização total da nossa espécie.
Quid juris?
Mas é pena que a investigação enverede pelas sujas vielas da
concorrência industrial, com todos os golpes baixos usados
para promoçõezinhas individuais. A compaixão maior, essa, deve
ser dedicada a todas as vítimas de diabetes e Alzheimer a quem
foram dadas falsas esperanças.
científico sul-coreano Hwang Wuo Suk, a propósito da quebra
ética da utilização de ovários das assistentes, da infracção
penal que se traduziu na compra de outros, como do crime, não
menor, que poderia vir a ser o corolário dos seus trabalhos:
a clonagem humana. Veio agora a público que, afinal, as suas
publicadas pesquisas estão minadas pela fraude. O impante
anúncio de ter conseguido produzir células estaminais, a
partir da pele humana, baseava-se, finalmente, em manipulações
fotográficas que sugerissem o crescimento e aumento numérico
celular. O que deve fazer meditar: em que medida uma
trafulhice descoberta piora ou melhora a coisa. Por um lado,
um aldrabão é comunmente mais desprezado do que um subversor
da Vida. Por outro, entrados no domínio da ficção orquestrada
para ganhos pessoais, esbate um pouco o horror daquilo que
caminhava para ser a artificialização total da nossa espécie.
Quid juris?
Mas é pena que a investigação enverede pelas sujas vielas da
concorrência industrial, com todos os golpes baixos usados
para promoçõezinhas individuais. A compaixão maior, essa, deve
ser dedicada a todas as vítimas de diabetes e Alzheimer a quem
foram dadas falsas esperanças.
2 Comments:
At 10:28 AM, Anonymous said…
En rigor no debieramos confundir ciencia con tecnica. Mucho de lo que hoy se llama ciencia es tecnica. Las paginas de Nicolas de Cusa, o de Santo Tomas de Aquino, resultan reveladoras a este respecto.
Y algunos como el puto coreano de marras se dedican a emplear la tecnica con objetivos frankensteinianos.
Rafael Castela Santos
At 10:30 AM, Paulo Cunha Porto said…
Lapidar, Amigo Rafael!
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