Voltar o Bico ao Prego
O Sr Berlusconi, depois de ter surpreendido tudo e todos ao dizer
que tentara demover o Presidente dos Estados Unidos das intervenções
militares ainda em curso, veio agora com uma nova clivagem relativa
aos interesses de Washington, ao dizer-se convicto de que, um dia, a
Rússia integrará a UE. Nada interessa menos aos Norte-Americanos.
Toda a insistência na absorção da Turquia tem, não só a finalidade
de delegar o controle de um possível foco de instabilidade nos Europeus,
libertando a única superpotência actual para acudir a necessidades mais
urgentes, mas, igualmente, obter posição mais favorável na concorrência
comercial e criar dificuldades de digestão à Europa integrada, capazes de
impedir a entrada da Federação Russa.
É que com os Russos, tanto demograficamente, como em abundância de
matérias primas, as duas grandes fragilidades europeias, a UE passaria
a ter potencial para se arvorar em rival credível dos EUA. O que estes
não querem. Desejam aos europeus todo o bem possível e imaginário,
enquanto a aliança com eles prefigurar a transmissão de ordens a
subalternos. Mas não querem ter alguém a um nível equiparável. Por
isso têm vetado a entrada da Rússsia na NATO, esforçando-se no
sentido de contra ela voltar os antigos satélites soviéticos, que se
não têm feito rogados. Ganham assim uma duradoura desconfiança,
quando não hostilidade, que, esperam, comprometerá definitivamente
a extensão da unidade europeia ao limite natural dos Urais.
Claro, a reviravolta do dono do Milan tem uma razão: eleições à porta.
E já lá vão os tempos em que a amizade com os EUA era popular, por
mais de metade das famílias transalpinas ter parentes em Itália. Os
laços estão hoje muito lassos.
que tentara demover o Presidente dos Estados Unidos das intervenções
militares ainda em curso, veio agora com uma nova clivagem relativa
aos interesses de Washington, ao dizer-se convicto de que, um dia, a
Rússia integrará a UE. Nada interessa menos aos Norte-Americanos.
Toda a insistência na absorção da Turquia tem, não só a finalidade
de delegar o controle de um possível foco de instabilidade nos Europeus,
libertando a única superpotência actual para acudir a necessidades mais
urgentes, mas, igualmente, obter posição mais favorável na concorrência
comercial e criar dificuldades de digestão à Europa integrada, capazes de
impedir a entrada da Federação Russa.
É que com os Russos, tanto demograficamente, como em abundância de
matérias primas, as duas grandes fragilidades europeias, a UE passaria
a ter potencial para se arvorar em rival credível dos EUA. O que estes
não querem. Desejam aos europeus todo o bem possível e imaginário,
enquanto a aliança com eles prefigurar a transmissão de ordens a
subalternos. Mas não querem ter alguém a um nível equiparável. Por
isso têm vetado a entrada da Rússsia na NATO, esforçando-se no
sentido de contra ela voltar os antigos satélites soviéticos, que se
não têm feito rogados. Ganham assim uma duradoura desconfiança,
quando não hostilidade, que, esperam, comprometerá definitivamente
a extensão da unidade europeia ao limite natural dos Urais.
Claro, a reviravolta do dono do Milan tem uma razão: eleições à porta.
E já lá vão os tempos em que a amizade com os EUA era popular, por
mais de metade das famílias transalpinas ter parentes em Itália. Os
laços estão hoje muito lassos.
5 Comments:
At 2:15 PM, Anonymous said…
No hay que preocuparse, querido Paulo.
En algun momento toda Europa sera una, desde Moscu hasta Madrid, como sonaba Pedro el Grande. La Union de las Republicas Socialistas Sovieto-Europeas. Vamos camino de ello.
Rafael Castela Santos
At 4:48 PM, DB said…
Lá chegaremos, amigo Paulo.
São pequenas demonstrações como esta que mostram que existe vontade na criação de uma Europa do Corvo a Behring. Que o futuro nos leve à Eurosibéria, o império onde o Sol não se deita, a maior potência mundial que a História algum dia conheceu.
Um abraço.
At 6:28 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meus Caros Rafael e Duarte:
Uma Europa tão grande pode trazer-nos vantagens inegáveis, como perigos imensos. Conto começar, já amanhã, a falar do caminho que, para já, me parece de trilhar pelos nossos dois Países.
Abraços amigos a Ambos
At 5:06 PM, Anonymous said…
Calma, minha gente! Deixem a UE digerir o recente aumento para 25!
Se é verdade que eu entendo que o processo de integração europeia é como andar de bicleta (se se para, cai-se), não é de desprezar a única máxima do Vladimir Ilich que eu aceito: Cuidado com os saltos mortais da História!
At 1:54 PM, Anonymous said…
Eurabia con Turquía dentro......?
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