O Misantropo Enjaulado

O optimismo é uma preguiça do espírito. E. Herriot

Saturday, October 08, 2005

Qualificação dos Optimismos


Os optimismos são todos iguais, mas há uns mais iguais que outros. Aqueles que se não confirmam são curiosamente os que são tidos por maiores. Assim, na jornada de hoje para apuramento para o Mundial da Alemanha, nem falarei da esperança que antecedeu o jogo com o Liechtenstein e que quase se viu infirmada. Já terei mais a dizer da negligência com que Pauleta meteu o pé com tudo aberto à sua frente, ou da opinião que Ricardo e Paulo Ferreira tinham das hipóteses do outro chegar à bola no golo do adversário. Optimismo que se revelou correcto, de facto, que não de jure, foi o do defesa visitante que entendeu poder defender à guarda-redes sem ser castigado técnica e disciplinarmente; mas unicamente porque o árbitro nadava no optimismo de que seria possível àquele jogador afastar a bola de cabeça.
Muitos dirão que será optimismo acreditar numa boa carreira futura com Scolari ao leme. Eu não perfilho essa opinião. O que lhe faltará em capacidade táctica sobra-lhe em talento psicológico e é bem homem para pôr aquela gente a acreditar que pode ir longe. O resto ensinam-lhes nos clubes.
Mais largo optimismo foi o do adepto da selecção de Angola, quando declarou que «a certeza da vitória era total, mesmo que a equipa não entrasse em campo».
O maior optimismo de todos: imaginar que a melhor equipa de África, a dos Camarões, se conseguisse qualificar, mesmo com penalty a acabar, vencendo o insuperável obstáculo de ter como treinador Artur Jorge. Que jornada!

5 Comments:

  • At 10:39 AM, Blogger Flávio Santos said…

    E lá ficou o "meu" Meyong de fora do Mundial.
    Quanto a Portugal, usando uma expressão da terra do seu seleccionador, vai dar um "vexame" tremendo na Alemanha. Metade da equipa ou está fora de forma ou nem sequer joga nos seus clubes e jogadores de valor como Paulo Santos, Abel, Nunes, José Pedro, Nandinho, etc. não são convocados porque jogam em clubes ditos pequenos.

     
  • At 1:38 PM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Mas mesmo dos grandes...
    É quase só emigração!
    Eu ainda sou do tempo em que o Pedroto só chamava um emigrado, o Alves, do Salamanca. Nem Damas, nem Jordão, nem Humberto, todos, na altura, lá por fora.

     
  • At 9:21 PM, Anonymous Anonymous said…

    Ó FG Santos, esses rapazes jogam na Divisão de Honra?... :-)

     
  • At 9:35 PM, Blogger Flávio Santos said…

    Caro Eurico "macrocéfalo": os três primeiros evoluem na equipa que merecia ter sido campeã no ano passado, o seguinte actua no Belém e o último no Vitória setubalense.
    Para ter Pauletas e Simões a falhar golos de baliza aberta ou Ricardos e P. Ferreiras a oferecer golos (pela n-ésima vez), mais vale apostar no futuro.

     
  • At 3:07 AM, Anonymous Anonymous said…

    Ah! que frescura da face de ter recordado esta imagem do "Manuel do Zé Carioca". Destes especiais da Disney tenho também o do Peninha. Na altura, já tinha por paixões o desporto e o jornalismo.
    Hoje, estou desencantado com os dois, mas ainda viciado.
    Não ao ponto de cometer actos insanos, como ficar a ver a selecção de futebol.
    Escolhi bem: às 15 horas, fui à Amadora ver o Estrela derrotar o meu Sporting, em ténis de mesa, por 4-1, num jogo rápido de duas horas.
    Boleia para Lisboa com o pai do Tiago Rocha (actualmente no Sporting de Porto Santo) e camioneta até Loures.
    Chegado cedo, apanho em flagrante Pavilhão Paz e Amizade um delicioso Loures-Vialonga (24-27) de andebol, em clima de festa de aldeia. Verdadeiramente magnífica a má-língua dos adeptos da casa, embora em tom perfeitamente civilizado. E a inépcia técnica dos jogadores fazia lembrar Buster Keaton.
    Seguiu-se um bom jantar no restaurante típico "A horta" (vendo o golo dos gauleses via Sport TV, no França-Suíça)e regresso ao pavilhão.
    Os meus receios de "leão" não se confirmaram. O Sporting não se despediu das competições europeias de andebol, apesar de ter estado a perder por 1-4, ficando na altura com 9 (!!!) golos de desvantagem na eliminatória.
    Mas o Khera (Estónia) não tinha assim tanto para dar. E o Sporting acabou vencedor por 39-19.
    Desta vez, fui esperto. Não troquei o ténis de mesa e o andebol pelo hóquei do Benfica (empate com poucos golos no hóquei) e o futebol da selecção.
    E quarta-feira também tenho planos literários à hora do jogo.

     

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