Leitura Matinal -151
Sendo novo, urge compensar as amarras que prendem
a um espaço limitado e ao delírio de si, porque pouco mais
se conhece, com a fantasia que leva para lá do horizonte e
quebra as duras paredes do aborrecimento. Daí o apelo a
uma imaginação estimulada ou não pelas imberbes leituras,
tantas vezes predecessora imediata da rebelião e com ela
integrando um egoísmo ingénuo e não muito perigoso, porque
ainda não ocultado por detrás da propriedade dos gestos e
da conveniência dos pensamentos expressos.
E , seja em quem lhe pensa os defeitos, seja nos que,
grosseiramente, substituíram essa caprichosa miragem de
vistas largas por escapismos mais tangíveis, de apressados
e consumíveis que são, a frescura e a disponibilidade
desse tempo lento e sonhador deixam a marca indelével
da nostalgia.
Leia-se Mário Cláudio:
Há uma pequena pedra, rosada, então,
a cuja tansparência, com todo o vagar,
se avista a história de uma aventura, a erosão de algum tédio.
É a sombra da escuna branca, num romance juvenil,
o ardor do lamento da gaivota, que não parte nem chega,
o sabor dos sorvetes ocultos, no fascínio de seu tifo,
ainda não Super Yes ou Camy Rock.
Guarda-se a pedra ao peito, depois,
como a que nenhum companheiro, por excessivo, nos ofereceria.
E que distante, assim, nos parece a linha da maré!
a um espaço limitado e ao delírio de si, porque pouco mais
se conhece, com a fantasia que leva para lá do horizonte e
quebra as duras paredes do aborrecimento. Daí o apelo a
uma imaginação estimulada ou não pelas imberbes leituras,
tantas vezes predecessora imediata da rebelião e com ela
integrando um egoísmo ingénuo e não muito perigoso, porque
ainda não ocultado por detrás da propriedade dos gestos e
da conveniência dos pensamentos expressos.
E , seja em quem lhe pensa os defeitos, seja nos que,
grosseiramente, substituíram essa caprichosa miragem de
vistas largas por escapismos mais tangíveis, de apressados
e consumíveis que são, a frescura e a disponibilidade
desse tempo lento e sonhador deixam a marca indelével
da nostalgia.
Leia-se Mário Cláudio:
Há uma pequena pedra, rosada, então,
a cuja tansparência, com todo o vagar,
se avista a história de uma aventura, a erosão de algum tédio.
É a sombra da escuna branca, num romance juvenil,
o ardor do lamento da gaivota, que não parte nem chega,
o sabor dos sorvetes ocultos, no fascínio de seu tifo,
ainda não Super Yes ou Camy Rock.
Guarda-se a pedra ao peito, depois,
como a que nenhum companheiro, por excessivo, nos ofereceria.
E que distante, assim, nos parece a linha da maré!
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