A Curteza da Manta
Ofuscados pelo modo decidido como Tony Blair ganhou as sucessivas eleições, os cronistas políticos têm vindo a repetir, obstinadamente, que as eleições britânicas se ganham ao centro. Foi o que aconteceu com os trabalhistas, mas não creio creio que isso seja verdade, no caso dos conservadores. É que se puxam as cobertas para o centro e desatam a ser europeístas, como poderia levá-los a fazer Kenneth Clarke, destapam o lado direito eurocéptico, podendo fazer reviver os êxitos eleitorais que o UK Idependence Party obteve nas últimas eleições europeias, ou promover ganhos parecidos do partido do ex-leader daquele, o Veritas, ou de qualquer força com mensagem semelhante. No momento em que os conservadores se reunem para iniciar o processo de escolha da sua face visível, o principal rival de Clarke na corrida pela liderança ganha, pois, algum favoritismo. David Davis é o seu nome, é insuspeito de eurofilias e tem o tipo de mensagem que pode despertar mais adesão no eleitorado em geral e nos simpatizantes conservadores em particular, como é a da reintrodução da pena de morte em certos casos criminais mais chocantes.
Ah, a propósito, a fotografia "de Davis" que o «Público» de ontem inseriu estava errada. Este é que é o Homem.
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