A Zebra
É como os nossos Irmãos brasileiros chamam à surpresa
no totobola de lá, a lotaria esportiva, termo importado
do jogo do bicho, onde inexiste semelhante animal. E foi
o que deu na escolha do Presidente Bush para a vaga de
Sandra O´Connor no Supremo Tribunal Federal. Acaba de
chegar a notícia de que nomeou para o efeito Harriet Miers,
ex-Secretária e Subchefe do seu Staff e sua antiga
advogada na vida particular, antes de ser a jurista-mor do
seu gabinete de apoio, uma texana solteira. Tinham-no
pressionado para nomear uma mulher e ele fez a vontade a todos.
Vá-se lá saber por que inexpugnável obscuridade, tanto apoiantes
como até adversários o incitaram à nomeação de alguém que não
viesse do meio judicial, para que pudesse trazer «uma perspectiva
refrescante àquela alta instância». À nossa sensibilidade
de europeus isto parece estranho, seria mais aconselhável
um(a) magistrado(a), que assegurasse, à partida, uma maior
independência. Mas aquilo é outro mundo.
Há quem diga que a Escolhida deveu a sua boa estrela ao facto
de não ter um rasto de decisões ou de escritos doutrinais atrás
de si, que a pudessem fazer passar as passas do Algarve diante
das feras do comitê judiciário. Teria sido um critério na linha
do que levou John Roberts ao cume judicial. Mas este era, apesar
dos pesares, de longe, mais conhecido. Salvo de Bush.
Da experiência anterior da Nomeada consta uma passagem pela
presidência da Comissão de Lotarias do Texas, onde deixou
uma imagem simpática de luta contra os conflitos de interesses
que assombraram a instituição, até que, finalmente, se demitiu.
Foi também dirigente do associativismo de advogados do estado.
Não caiu assim o inquilino da Casa Branca naquilo que sempre me
pareceu uma armadilha estendida: a boa vontade manifestada pelos
Democratas, concernente à perspectiva de, para o cargo, nomear um
Senador Republicano, em nome do tratamento especial que, por
cortesia, nestes casos os membros do Senado dão a um colega.
Já se viu que, com esta composição, esse tradicional entendimento
se tornou uma miragem, conforme sobejamente atesta a odisseia
da confirmação de John Ashcroft para Attorney General, no primeiro
mandato da actual administração.
Desta maneira, e por agora, o que se pode dizer quanto ao desfecho
é: ?????????????????
no totobola de lá, a lotaria esportiva, termo importado
do jogo do bicho, onde inexiste semelhante animal. E foi
o que deu na escolha do Presidente Bush para a vaga de
Sandra O´Connor no Supremo Tribunal Federal. Acaba de
chegar a notícia de que nomeou para o efeito Harriet Miers,
ex-Secretária e Subchefe do seu Staff e sua antiga
advogada na vida particular, antes de ser a jurista-mor do
seu gabinete de apoio, uma texana solteira. Tinham-no
pressionado para nomear uma mulher e ele fez a vontade a todos.
Vá-se lá saber por que inexpugnável obscuridade, tanto apoiantes
como até adversários o incitaram à nomeação de alguém que não
viesse do meio judicial, para que pudesse trazer «uma perspectiva
refrescante àquela alta instância». À nossa sensibilidade
de europeus isto parece estranho, seria mais aconselhável
um(a) magistrado(a), que assegurasse, à partida, uma maior
independência. Mas aquilo é outro mundo.
Há quem diga que a Escolhida deveu a sua boa estrela ao facto
de não ter um rasto de decisões ou de escritos doutrinais atrás
de si, que a pudessem fazer passar as passas do Algarve diante
das feras do comitê judiciário. Teria sido um critério na linha
do que levou John Roberts ao cume judicial. Mas este era, apesar
dos pesares, de longe, mais conhecido. Salvo de Bush.
Da experiência anterior da Nomeada consta uma passagem pela
presidência da Comissão de Lotarias do Texas, onde deixou
uma imagem simpática de luta contra os conflitos de interesses
que assombraram a instituição, até que, finalmente, se demitiu.
Foi também dirigente do associativismo de advogados do estado.
Não caiu assim o inquilino da Casa Branca naquilo que sempre me
pareceu uma armadilha estendida: a boa vontade manifestada pelos
Democratas, concernente à perspectiva de, para o cargo, nomear um
Senador Republicano, em nome do tratamento especial que, por
cortesia, nestes casos os membros do Senado dão a um colega.
Já se viu que, com esta composição, esse tradicional entendimento
se tornou uma miragem, conforme sobejamente atesta a odisseia
da confirmação de John Ashcroft para Attorney General, no primeiro
mandato da actual administração.
Desta maneira, e por agora, o que se pode dizer quanto ao desfecho
é: ?????????????????
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