A Rival
Dizia Voltaire que, quando se perguntava a dois
astrólogos se um recém-nascido chegaria à idade
adulta e um respondia que sim e o outro que não,
havia, pelo menos, um que não se enganava. O mesmo
valerá para a oposição entre resultados de sondagens
políticas, essoutra modalidade de previsão do futuro.
Mas, mesmo no caso de os vários inqueritos de opinião
serem convergentes, a falibilidade estará em pendência
comprovada sobre as cabeças dos seus promotores.
O prólogo que é o período anterior visa assegurar a Quem
lê a minha desconfiança inata face às percentagens preditas.
Só com esta cautela me ouso aventurar no comentário das
eleições alemãs de dia 18. Depois do ansiado debate, 54%
dos telespectadores alvitraram que Schroeder ganhara na
discussão, mas a vantagem da CDU nos estudos de opinião
manteve-se sem variações significativas. E uma maioria dos
inquiridos opinou ter Angela Merkel realizado uma prestação
melhor do que a que se esperava.
Penso que a leader Cristã-Democrata está numa posição similar
à de Durão Barroso, antes das eleições que venceu: ambos
com expectativas muito baixas, pelo que qualquer furo acima
da média seria uma surpresa. E é capaz de, tal como o actual
Presidente da Comissão Europeia, vencer. Num caso foi o
demissionismo guterrista, neste, a incapacidade de Schroeder
manter a pujança económica alemã, sem tratamentos de choque
que fizessem tábua rasa dos ditames ideológicos do S.P.D..
Por fim, o Chanceler tentou jogar o trunfo que já lhe deu
uma miraculosa reeleição: o relacionamento com o mundo
islâmico, dizendo que era um erro a contestação da entrada dos
turcos na U.E. Suponho que se enterrou ainda mais. E, num
certo sentido, se perder, poderão os analistas dizer que a
sua verdadeira rival não se chamava Angela Merkel; dava era
pelo nome de Oposição à Entrada da Turquia.
astrólogos se um recém-nascido chegaria à idade
adulta e um respondia que sim e o outro que não,
havia, pelo menos, um que não se enganava. O mesmo
valerá para a oposição entre resultados de sondagens
políticas, essoutra modalidade de previsão do futuro.
Mas, mesmo no caso de os vários inqueritos de opinião
serem convergentes, a falibilidade estará em pendência
comprovada sobre as cabeças dos seus promotores.
O prólogo que é o período anterior visa assegurar a Quem
lê a minha desconfiança inata face às percentagens preditas.
Só com esta cautela me ouso aventurar no comentário das
eleições alemãs de dia 18. Depois do ansiado debate, 54%
dos telespectadores alvitraram que Schroeder ganhara na
discussão, mas a vantagem da CDU nos estudos de opinião
manteve-se sem variações significativas. E uma maioria dos
inquiridos opinou ter Angela Merkel realizado uma prestação
melhor do que a que se esperava.
Penso que a leader Cristã-Democrata está numa posição similar
à de Durão Barroso, antes das eleições que venceu: ambos
com expectativas muito baixas, pelo que qualquer furo acima
da média seria uma surpresa. E é capaz de, tal como o actual
Presidente da Comissão Europeia, vencer. Num caso foi o
demissionismo guterrista, neste, a incapacidade de Schroeder
manter a pujança económica alemã, sem tratamentos de choque
que fizessem tábua rasa dos ditames ideológicos do S.P.D..
Por fim, o Chanceler tentou jogar o trunfo que já lhe deu
uma miraculosa reeleição: o relacionamento com o mundo
islâmico, dizendo que era um erro a contestação da entrada dos
turcos na U.E. Suponho que se enterrou ainda mais. E, num
certo sentido, se perder, poderão os analistas dizer que a
sua verdadeira rival não se chamava Angela Merkel; dava era
pelo nome de Oposição à Entrada da Turquia.
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