Venda Irremovível?
Devo dizer que não espero grande coisa da Srª Merkel.
Parece-me uma candidata pouco dotada, escolhida numa
altura de escândalos na CDU alemã por ter as mãos limpas,
vir do Leste e ser Mulher. Também receio que não tenha
estofo de estadista. Nunca ocupou uma pasta ministerial
das chamadas "soberanistas": Finanças, Defesa, Negócios
Estrangeiros, Interior, Justiça... Dir-me-ão: pois, mas
Thatcher também só tinha sido Ministra da Educação. Bom,
é verdade, mas nem com óculos muito coloridos se pode
fazer coincidir uma com a outra. A Baronesa possuía uma
fortíssima formação ideológica - dentro dos seus ultra-
-liberais parãmetros, que não são os meus - e tinha-se
distinguido por desmontar a socialização do sistema
educativo, da autoria do trabalhismo de então, anunciando,
na luta com o sindicato dos Professores, o que viria a
fazer aos mineiros de Scargill.
Merkel, apagada, encontrou porém, um verdadeiro tema de
campanha, que não penso ser por ela encarado como mera
boleia eleitoral: a oposição à entrada da Turquia na UE.
Ao contrário dos seus parceiros comunitários, que da Turquia
só temem a triste fama do passado e as vagas migratórias,
com o consequente desemprego, que aí vêm, os alemães sabem
bem com o que se têm de haver, isto é, uma comunidade vasta
e de difícil integração, fonte abundante de criminalidade.
Se adicionarmos o perigo da ameaça de entrada de uns quantos
radicais islãmicos dissimulados na multidão, temos todos os
condimentos para a indigestão.
O verde Fisher já veio dizer que a oposição à entrada dos
turcos é uma perigosa cegueira. Como no poema atrás consultável,
a cegueira maior será a de quem vai falando.
Parece-me uma candidata pouco dotada, escolhida numa
altura de escândalos na CDU alemã por ter as mãos limpas,
vir do Leste e ser Mulher. Também receio que não tenha
estofo de estadista. Nunca ocupou uma pasta ministerial
das chamadas "soberanistas": Finanças, Defesa, Negócios
Estrangeiros, Interior, Justiça... Dir-me-ão: pois, mas
Thatcher também só tinha sido Ministra da Educação. Bom,
é verdade, mas nem com óculos muito coloridos se pode
fazer coincidir uma com a outra. A Baronesa possuía uma
fortíssima formação ideológica - dentro dos seus ultra-
-liberais parãmetros, que não são os meus - e tinha-se
distinguido por desmontar a socialização do sistema
educativo, da autoria do trabalhismo de então, anunciando,
na luta com o sindicato dos Professores, o que viria a
fazer aos mineiros de Scargill.
Merkel, apagada, encontrou porém, um verdadeiro tema de
campanha, que não penso ser por ela encarado como mera
boleia eleitoral: a oposição à entrada da Turquia na UE.
Ao contrário dos seus parceiros comunitários, que da Turquia
só temem a triste fama do passado e as vagas migratórias,
com o consequente desemprego, que aí vêm, os alemães sabem
bem com o que se têm de haver, isto é, uma comunidade vasta
e de difícil integração, fonte abundante de criminalidade.
Se adicionarmos o perigo da ameaça de entrada de uns quantos
radicais islãmicos dissimulados na multidão, temos todos os
condimentos para a indigestão.
O verde Fisher já veio dizer que a oposição à entrada dos
turcos é uma perigosa cegueira. Como no poema atrás consultável,
a cegueira maior será a de quem vai falando.
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